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O Departamento de Estado dos EUA informou nesta quinta-feira (24) que 16 diplomatas americanos da embaixada em Havana foram atingidos pelo que chamam de "ataques acústicos", que teriam ocorrido no país comunista.
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A acusação, feita há três semanas, levou o governo de Donald Trump a expulsar dois diplomatas da embaixada cubana em Washington e colocou em risco a normalização das relações entre os dois países, iniciada em 2014.
A porta-voz da diplomacia americana, Heather Nauert, disse que os atingidos receberam tratamento médico em Cuba e nos EUA e que o incidente é "levado muito a sério", embora não esteja mais acontecendo desde o ano passado.
Nauert esquivou-se novamente de culpar Cuba pelas "dores" e "vários sintomas físicos" sofridos por seus funcionários na ilha. "Não estamos atribuindo responsabilidade neste momento", reiterou a representante do departamento.
Após ser revelado o caso americano, o Canadá informou que um de seus diplomatas sentiu os mesmos sintomas. Na época, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pediu a Cuba que determinasse as causas do ocorrido.
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O regime cubano negou os maus-tratos a diplomatas e assegurou que investigará os supostos ataques, mas nenhuma conclusão foi apresentada até o momento. Dissidentes dizem que os 'ataques acústicos' já ocorreram no passado.
A uma comissão sobre os crimes contra a humanidade do regime comunista em julho, o ex-preso político Luis Zúñiga declara ter sido atingido regularmente com "ruídos eletrônicos" na prisão em que esteve em 1977.
O ataque, afirma, consistia em instalar alto-falantes nos dois extremos do corredor de celas e se elevava o volume a níveis insuportáveis para o ouvido humano. "A tortura durava dia e noite e terminou quando um preso morreu". Com informações da Folhapress.