Confiança da construção sobe 1,5 ponto em agosto ante julho, afirma FGV

Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que agora acumula ganho de 4,1 pontos no ano

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Economia Indicadores 28/08/17 POR Estadao Conteudo

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,5 ponto em agosto na comparação com julho, atingindo 76,1 pontos. Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que agora acumula ganho de 4,1 pontos no ano.

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Esse aumento pelo terceiro mês consecutivo pode, na opinião da coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, "finalmente" apontar o início da retomada da construção. "A análise da evolução da confiança nos diversos segmentos, no entanto, aponta falta de regularidade na melhora. A cada mês, o aumento da confiança é motivado por um ou mais segmentos diferentes, indicando que, por enquanto, nenhuma área registra um movimento consistente de crescimento", disse.

A alta da confiança no mês foi influenciado majoritariamente pelas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 2,3 pontos, atingindo 87,4 pontos e, segundo a FGV, merece destaque o subíndice que mensura o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 3,0 pontos, para 89,8 pontos.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,7 ponto, para 65,1 pontos. A percepção das empresas em relação à situação atual da carteira de contratos, que registrou alta de 0,8 ponto, alcançando 62,7 pontos, foi o subíndice que mais contribuiu para o resultado. Segundo a instituição, o ISA continua avançando muito lentamente e está apenas 1,3 ponto acima do nível de dezembro do ano passado.

Da mesma forma, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,3 ponto porcentual em agosto, alcançando 62,1%.

Mercado de Trabalho

A FGV ainda afirma que os números da sondagem não permitem maior otimismo com a geração de emprego no setor da construção, apesar de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ter interrompido, em julho, uma série negativa de 33 meses sem contratações líquidas no setor.

Em agosto, a diferença entre as empresas que preveem aumento do quadro de pessoal nos três meses seguintes e as que projetam redução ainda está em 18 pontos porcentuais. "Além disso, a despeito de uma ligeira alta em agosto, o Nuci da Mão de Obra vem se mantendo em níveis muito baixos."

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