© José Cruz/Agência Brasil
O advogado Rodrigo Rios abandonou a defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha nesta segunda (28). A saída de Rios acontece no dia em que foi divulgada uma nota feita por Cunha na cadeia em que ele acusa o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), de obstruir pedidos de liberdade e beneficiar os delatores da JBS.
PUB
+ Segunda denúncia contra Temer deve ser apresentada ainda esta semana
Rios mora em Curitiba e era o advogado que mais visitava Cunha na cadeia. Ele tem boa relação com o ministro Fachin, que também fez carreira jurídica no Paraná.
Cunha é defendido por outros dois escritórios de advocacia de Brasília. O advogado Ticiano Figueiredo defende o ex-deputado nas ações que ele responde na Lava Jato e Delio Lins e Silva foi o responsável pela negociação fracassada do acordo de delação premiada de Cunha com a Procuradoria-Geral da República.
Segundo Rios, sua saída foi por motivos práticos. "Entendo que a defesa deva se concentrar em Brasília por conta do eminente esgotamento das instâncias ordinárias da 4ª região", disse Rios.
A nota escrita por Cunha no complexo penal em que está preso, relata que Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, pediram ajuda para aprovar o nome de Fachin para o STF, em 2015, e que disseram manter "relação de amizade" com o então candidato.
"Quando Joesley Batista e Ricardo Saud me procuraram para ajudar na aprovação [de] Fachin, além da relação de amizade que declararam ter com ele, me passaram a convicção de que o país iria ganhar com a atuação de um ministro que daria a assistência jurisdicional de que a sociedade necessitava."
Com informações da Folhapress.