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O míssil balístico lançado ontem (28) pela Coreia do Norte caiu no Mar do Japão e provocou danos ao território japonês, informou a emissora de televisão pública do país. Ele teria se despedaçado em três ao atingir a água. O míssil, que percorreu cerca de 2,7 mil quilômetros e passou por cima da ilha de Hokkaido, é visto como mais uma provocação do regime de Pyongyang contra os Estados Unidos, seu inimigo declarado. O Japão e a Coreia do Sul são os maiores aliados de Washington na região.
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Apesar de fazer vários testes e lançamentos de mísseis, essa foi a primeira vez que um dispositivo militar norte-coreano passou por cima do território japonês. Nas outras duas vezes que isso ocorreu, em 1998 e 2009, a Coreia do Norte justificou que fora para lançamento de satélites espaciais. O presidente norte-americano, Donald Trump, reagiu ao ataque e anunciou que está analisando todas as opções contra o país.
Ele conversou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ressaltando que as ações militares de Pyongyang colocam em risco "não apenas os EUA, a Coreia do Sul e Japão, mas todos os países do mundo". A Rússia, apesar de ser adversária dos EUA, também condenou o lançamento do míssil, uma vez que eleva a tensão na Ásia e pode provocar um conflito militar na região envolvendo as grandes potências, como a China.
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"Se uma guerra começar, ninguém tentará entender quem é o responsável. Emergerá uma realidade absolutamente nova e haverá tragédias infinitas. Por isso, devemos evitar uma guerra de qualquer maneira", disse o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov.
A representante de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, disse, por sua vez, que as ações da Coreia do Norte "são uma séria ameaça à paz e à segurança internacional", além de pedir união entre os países para resolver a crise.
As Forças Armadas da Coreia do Sul há dispuseram oito bombas na fronteira com a Coreia do Norte, em uma demonstração de sua capacidade militar de reação a um ataque.
O regime de Pyongyang faz, há anos, testes de mísseis, além de ameaçar os EUA. Recentemente, porém, a tensão entre os dois países aumentou, com declarações iminentes de guerra. (ANSA)