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Estudo inédito produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que o brasileiro precisa melhorar muito seus hábitos de saúde bucal. De acordo com o levantamento, o Brasil tem um Índice de Dentes Cariados, Perdidos ou Obturados (CPO-D) de 2,1, enquanto a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de um índice máximo de 1,1.
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A pesquisa mostra, também, que pessoas sem plano odontológico tendem a ter mais problemas bucais. Os dados apontam que 1,1% dos respondentes sem plano odontológico não tinham nenhum dente na boca. Já entre os beneficiários respondentes, a proporção de pessoas sem dentes é bastante inferior, de apenas 0,1%. Se os números pudessem ser expandidos para toda a população, isso representaria mais de dois milhões de pessoas sem dentes no País.
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E há mais dados alarmantes. Apesar de a maior parte dos brasileiros escovar os dentes duas vezes ou mais por dia, ainda há uma parcela da população que nunca escovou os dentes ou não o faz todos os dias. Apesar de os números serem baixos, o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, destaca que 0,6% dos respondentes sem plano não escovam os dentes todos os dias e 0,1% nunca escovaram. Além disso, entre os respondentes sem planos que escovam os dentes diariamente, 4,2% o fazem apenas uma vez por dia. “Os números mostram a falta de cuidado com a saúde bucal por parte dos brasileiros pode estar ligada a falta de acesso aos dentistas. De acordo com o estudo, apenas 18,5% da população tem acesso aos planos exclusivamente odontológicos. Existe bastante espaço para o crescimento, o que pode contribuir para a saúde bucal do brasileiro”, alerta Carneiro.
Entre os beneficiários de planos exclusivamente odontológicos que responderam a pesquisa, 2,4% escovam os dentes apenas uma vez por dia, 0,4% não os escovam todos os dias e 0,1% nunca escovaram os dentes.
Entre os respondentes que foram a uma consulta médica, mais de 90% dos beneficiários avaliam o serviço como bom ou muito bom. “O cuidado com a saúde bucal não é causado por profissionais mal qualificados, mas sim, por falta de acesso a população a esses profissionais.”, completa.
O estudo foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 (PNS) realizada pelo IBGE e mostra a situação brasileira com base no perfil da população, dos pacientes em consultas e da saúde bucal do usuário.