Joesley Batista 'visita' procurador acompanhado de advogado de Cunha

Dono da JBS estava com Ticiano Figueiredo

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Política JBS 29/08/17 POR Folhapress

O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, foi a uma reunião na sede da Procuradoria do Distrito Federal na tarde desta terça-feira (29). A audiência, que durou pouco mais de duas horas, foi com Anselmo Lopes, procurador responsável pelo acordo de leniência da J&F.

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Joesley estava acompanhado de Ticiano Figueiredo, advogado do ex-deputado Eduardo Cunha, delatado pela JBS e preso desde outubro do ano passado pela Lava Jato.

Em rápido contato com a reportagem na saída do prédio, o empresário disse que estava "fazendo uma visita" ao procurador, que não via desde o processo de delação premiada.

Os dois, Joesley e o advogado, entraram juntos no mesmo carro e foram embora do local.

Procurado, Ticiano Figueiredo afirmou que advoga para o empresário "há bastante tempo" e que não é só advogado de Cunha.

"Advogo para Joesley há anos, bem antes da delação, e, obviamente, em causas que não guardam relação com as de Eduardo Cunha. Da mesma forma que não advogamos em causas do Eduardo [Cunha] que guardam relação com a JBS", disse o advogado, que tem outros clientes empresários e políticos.

Ele, porém, não quis comentar o motivo da reunião com o procurador.

A assessoria de imprensa do Ministério Público disse não ter informações a respeito da audiência.

CUNHA

Alvo de ao menos 30 investigações, o ex-presidente da Câmara conta com outros advogados para as suas defesas.Cunha já foi condenado pelo juiz Sergio Moro e é também réu em quatro processos.

Nesta segunda (28), Rodrigo Rios, um dos advogados do ex-deputado, abandonou a defesa, no dia seguinte em que foi divulgada uma nota feita por Cunha na cadeia em que ele acusa o ministro Edson Fachin, do STF, de obstruir pedidos de liberdade e beneficiar os delatores da JBS.

Em maio, Marlus Arns, também de Curitiba, deixou o cliente um dia após a divulgação de que Joesley Batista, dono da JBS, estaria pagando uma mesada para o ex-presidente da Câmara para que ele não fizesse acordo de delação premiada.Cunha é defendido por outros dois escritórios de advocacia de Brasília. O advogado Ticiano Figueiredo defende o ex-deputado nas ações que ele responde na Lava Jato, e Delio Lins e Silva foi o responsável pela negociação fracassada do acordo de delação premiada de Cunha com a Procuradoria-Geral da República. Com informações da Folhapress. 

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