© Divulgação
A morte do ciclista Hélio Crespo, atropelado por um sargento da Polícia Militar no último sábado (26), na Praia da Reserva, no Rio de Janeiro, foi um acidente. Pelo menos é o que afirma o delegado responsável pelo caso, Marcus Neves, titular da delegacia da Barra da Tijuca, para quem o suspeito pelo atropelamento, Marcelo Soares, teria agido sem intenção de matar. A carteira de habilitação suspensa do condutor do veículo não foi considerada um agravante no processo, no entendimento do delegado.
PUB
De acordo com entrevista ao G1, Neves sustenta que se tratam de duas questões diferentes. "O fato dele ter a carteira cassada não vincula a autoridade policial, o Ministério Público, o judiciário, a aplicar o conceito de dolo eventual nesse caso. A aplicação do dolo eventual é uma possibilidade, mas até agora o que nós temos já limitado, dentro do inquérito policial, é a existência de culpa. Então, a princípio nós estamos aplicando o tipo de homicídio culposo, conforme foi previsto no Código Brasileiro de Trânsito”, afirmou o delegado.
+ Jovem detido por morte de padre dá nova versão do crime e fala em roubo
A conclusão inicial da polícia civil vem sendo contestada pela família da vítima, que pediu uma perícia particular no automóvel do crime, já autorizada pelo delegado. Os parentes do empresário Hélio Crespo pretendem coletar o máximo de provas contra Marcelo Soares, também investigado em outro inquérito policial militar, pelo qual chegou a ficar preso administrativamente, sendo liberado após depoimento pelo comando do Batalhão do Recreio. Apenas no último ano, o policial somou 21 multas e 128 pontos na carteira - seis vezes mais que o tolerado pelo código brasileiro de trânsito, que determina a suspensão da carteira e do direito de dirigir para quem ultrapassa o limite de 20 pontos nesse período.