© Reprodução / TV Globo
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quinta-feira (31), Galvão Bueno revelou que será a voz de um filme sobre a Chapecoense. O narrador, que foi peça importante na TV Globo durante a cobertura da tragédia com o avião da LaMia em novembro do ano passado, revelou que aceitou o convite após liberação da emissora carioca.
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“Eu recebi um prêmio agora, pra mim, um dos maiores prêmios da minha vida, que agradeço, inclusive, à Globo, por ter me liberado: a Chapecoense está produzindo um filme sobre a história da Chape, as origens da Chape, até o momento da tragédia e reconstrução e me pediram que fosse a voz desse filme, e vou ser, com muito prazer. É aquele prêmio que você gostaria de não ter recebido, né?”, explicou o narrador.
Na mesma entrevista, Galvão contou como foram os bastidores da cobertura do acidente com a Chape.
“Faria parte da minha obrigação estar ali (cobrindo), naquele momento, uma tragédia daquela grandeza com um time de futebol. Estava jantando, jantares na madrugada porque o programa (Bem, Amigos!, no Sportv) termina meia-noite, meia-noite e meia. Terminando o jantar, 3h30 da manhã. O Muricy (Ramalho) e o Caio (Ribeiro) falaram: ‘Bom, nós estamos indo embora’. Eu falei: ‘Vou ficar mais um pouquinho’. Fiquei com o Paulo César (Vasconcellos) e o Marco Antônio Rodrigues (participantes do programa) e entre pagar a conta para ir embora o telefone tocou. O Caio disse: ‘Olha, Galvão, parece que houve um problema com o avião da Chapecoense, até esse momento não se sabe ao certo se caiu, se fez um pouso de emergência’. Falei: ‘Meu Deus do céu, o que é isso?’. E aí caímos no velho jornalismo, vamos apurar. ‘Desce mais uma garrafa de vinho, por favor’, e vamos apurar”, relatou o principal narrador da TV Globo.
“Começamos a usar todas as ferramentas possíveis e imagináveis. Falei: ‘Gente, não vamos nos precipitar, enquanto não tiver um indício verdadeiro’. Torcendo para que não existisse. E aí saiu a primeira foto no El Clarín, (jornal) da Argentina. Nesse momento, foi ligar e começar a acordar todo mundo que pudesse participar daquilo. Disse: ‘Eu, daqui, estou indo, tomando um banho e trocando a roupa, vamos para a televisão e já estou no (telejornal) Bom Dia’. E do Bom Dia, isso em São Paulo, fui fazer o encerramento no Jornal Nacional, no Rio de Janeiro, aquele em que todos terminamos aplaudindo. Eu estava há 40 horas acordado e quando fui para o hotel, não conseguia dormir. Aquilo entrou na minha vida realmente, participei de forma intensa. No dia da chegada (dos corpos ao Brasil) foram sete horas e meia de transmissão”, lembrou Galvão, conforme pontuou o UOL.
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