© Reuters / Paulo Whitaker
O ex-presidente Lula, que está em viagem de 20 dias pelo Nordeste, cruzando 28 municípios, já demonstrou que quer construir um bloco de esquerda progressista para disputar as eleições presidenciais em 2018. No mês passado, chegou a dizer, durante entrevista, que o PT poderia se juntar ao PSB, PDT e PCdoB na construção de "programa político pragmático".
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Em relação à primeira sigla citada, o petista reforçou a possibilidade de aliança, nos últimos dias, ao passar por seu Estado natal, Pernambuco, cujo governo está nas mãos do psbista Paulo Câmara, afilhado político do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014.
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"Eu acho que ainda temos um bom tempo até as eleições. Eu tive uma relação extraordinária com o governador Eduardo Campos, e lamento que não tenhamos estado juntos nas eleições presidenciais de 2014. Ao sair do governo Temer, o PSB resgatou as suas tradições democráticas e progressistas e voltou a ocupar o seu espaço no campo das oposições ao neoliberalismo. Com o PSB de Miguel Arraes e Eduardo Campos fizemos inúmeras alianças", comentou o ex-presidente, em entrevista à Folha de Pernambuco.
De acordo com a coluna Radar, de Veja, Lula teria um objetivo claro a partir desse movimento de aproximação com a legenda, independentemente de quem seja o candidato do PT, se ele ou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. E a intenção seria, além de aumentar seu tempo de televisão, por meio da aliança, esvaziar o nome de Ciro Gomes, a outra alternativa da esquerda ao Palácio do Planalto.