© Kim Hong-Ji/Reuters
A tensão continua na península da Coreia. Após uma reunião extraordinária, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que condena o lançamento recente de Pyongyang, mas sem adotar novas sanções. Entretanto, a Coreia do Sul está se preparando para a guerra.
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Esta decisão não impressionou muito o líder norte-coreano Kim Jong-un, que declarou que o míssil que sobrevoou o Japão foi "o primeiro passo na preparação para uma operação militar do exército popular da Coreia no Pacífico e uma contenção da base avançada de invasão norte-americana na ilha de Guam".
Entretanto, a Coreia do Sul está se preparando para um ataque e declara seriamente que "só uma intervenção norte-americana pode fazer parar o camarada Kim", comunica o jornal Izvestia.
Exercícios intensivos foram iniciados recentemente na Coreia do Sul. De forma sincronizada, o governo ativou o sinal de alerta em todas as cidades. Ao mesmo tempo, todo o trânsito foi suspenso, os cidadãos abandonaram suas casas e o trabalho para se protegerem de forma centralizada da ameaça norte-coreana, no metrô, em subsolos ou em lugares especialmente equipados. As unidades especiais treinaram a eliminação das consequências de um ataque com equipamento especial.
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"Para ser franco, primeiro eu pensei que isso era o início da guerra", comunicou um turista chinês descrevendo os preparativos da Coreia do Sul para a guerra. "Isso me assustou, não sabia que fazer ou onde me esconder e comecei chorando".
De acordo com o analista sul-coreano Kang Soo-il, "Pyongyang percebe perfeitamente que a Coreia do Norte não conseguirá ganhar uma guerra contra os EUA e seus aliados". "Independentemente do que diga a propaganda, quanto muito a Coreia do Norte pode danificar seriamente a Coreia do Sul e sua capital, Seul, que fica ao alcance de sua artilharia e dos seus mísseis", nota o analista militar.
É por isso que a Coreia do Norte pretende terminar o mais rápido possível a criação de um arsenal de mísseis nucleares ultrapassando rapidamente o "momento de vulnerabilidade", durante o qual a Coreia do Norte não seria capaz de responder devidamente a um ataque dos EUA.
Por isso, de acordo com analista, não se pode esperar que Pyongyang escute os apelos da comunidade internacional e acabe com as provocações. Com informações da Sputnik News Brasil.