© Rafael Marchante / Reuters
Em despacho assinado nesta segunda-feira (4), o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, negou o pedido feito pela defesa do ex-presidente Lula, para suspender o interrogatório do petista, com data marcada para o próximo dia 13.
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O processo é sobre a compra de um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula, e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP). Ambos foram adquiridos pela Odebrecht, segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF), para serem doados ao petista, que nega.
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Os advogados alegavam, de acordo com informações do portal G1, precisar de mais tempo para analisar documentos juntados pelo MPF e também para produzir novas provas, mas Moro não concordou.
"Não há base legal, porém, para a pretensão da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva de requerer tais provas antecipadamente e com isso suspender o processo para aguardar a produção dessas mesmas provas", afirmou o juiz.
"Rigorosamente, vários dos questionamentos da defesa quanto aos documentos juntados pelo MPF e pela defesa de Marcelo Bahia Odebrecht poderão ser formulados aos acusados em seus interrogatórios, sendo a manutenção das oitivas também úteis por esse motivo", completou Moro, em sua decisão.
Marcelo Odebrecht, Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, que também é ligado à empreiteira, além de Demerval de Souza Gusmão Filho, dono da empresa DAG Construtora, serão ouvidos por Moro sobre o mesmo caso, ainda nesta segunda-feira (4), na sede da Justiça Federal em Curitiba (PR).