© Enrique Marcarian / Reuters
Apostando na demanda de brasileiros, a argentina Aerolíneas aumentou em 12%, neste ano, a oferta de assentos nos voos entre o país e o Brasil.
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Com isso, a demanda de passageiros cresceu 25% nos primeiros oito meses, em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia aérea faz 93 voos por semana entre os dois países, sete deles em Porto Alegre e sete em Curitiba.
O Embraer 190, que abrigava cerca de 96 pessoas, foi trocado pelo Boeing 737-800, que tem 170 assentos, e pelo Boeing 737-700, com 128, nos trajetos entre os dois países.
"É uma questão de estratégia. Mudamos a oferta para ganhar uma cota maior do mercado e nos tornarmos mais competitivos frente à Gol e à Latam", diz Diego García, diretor comercial da Aerolíneas.
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Na gestão anterior, no ano passado, a aposta era o contrário -diminuir a dependência do Brasil, o que motivou a empresa a cortar as rotas Brasília-Buenos Aires e Belo Horizonte-Buenos Aires.
Na época, a então presidente Isela Constantini afirmou, à Folha de S.Paulo, que a medida era necessária para se adequar à crise brasileira. Ela renunciou em dezembro.
A empresa, estatal, quer zerar sua dívida com o governo argentino até 2020. Em 2015, a Aerolíneas recebia US$ 678 milhões do Estado por ano. Em 2016, foram US$ 320 milhões -o deficit previsto para 2017 é de US$ 170 milhões (R$ 530 milhões).
"O nosso principal objeto é conquistar sustentabilidade financeira, então demos esse passo no Brasil para ganhar eficiência", afirma García.
O Brasil representa 40% do total de assentos em voos internacionais da companhia. Mais de metade dos brasileiros viaja a negócios para a Argentina, segundo García, e o principal destino é Buenos Aires, para ambas as finalidades.
O Embraer 190, aposentado entre Brasil e Argentina, vai continuar em uso pela empresa, mas apenas em voos domésticos no país estrangeiro.
As aeronaves maiores foram introduzidas em São Paulo e no Rio em abril de 2016, e em Porto Alegre, em junho deste ano. Com informações da Folhapress.