© REUTERS/Ueslei Marcelino
Poucas horas após ser denunciada por organização criminosa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ex-presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota sobre o processo.
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"Sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece.
1. Sem apresentar provas ou indícios da materialidade de crime, o chefe do Ministério Público Federal oferece denúncia ao Supremo Tribunal Federal sem qualquer fundamento.
2. Caberá ao STF garantir o amplo direito de defesa e reparar a verdade, rejeitando-a.
3. A Justiça será feita e não prevalecerá o Estado de Exceção. Não há mais espaço para a Justiça do Inimigo", disse o comunicado.
Também foram alvos da mesma ação os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a presidente nacional do PT e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR), além dos ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci, Edinho Silva e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto
"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016, os denunciados integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral", escreveu Rodrigo Janot.
LULA
O ex-presidente Lula, que encerrou sua caravana pelo Nordeste nesta terça, também se expressou sobre a denúncia:
"A denúncia da PGR, sem qualquer fundamento, é uma ação política. É o auge da campanha de perseguição contra o ex-presidente Lula movida por setores partidarizados do sistema judicial. Foi anunciada hoje para tentar criar um fato negativo no dia em que Lula conclui sua vitoriosa jornada pelo Nordeste", diz a nota.