© Adriano Machado / Reuters
O clima de tensão e perplexidade se instalou na Suprema Corte do país. Isso porque veio à tona de que que delatores da JBS tentaram manipular o Judiciário. A presidente da Corte, Cármen Lúcia, pediu para ouvir os áudios na íntegra e avisou que haveria reação enérgica.
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"Agride-se, de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes", disse Cármen Lúcia.
De acordo com as informações adiantadas pela coluna Painel da Folha de S. Paulo, outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que o caso é um "absurdo". O esperado pelo STF, ainda segundo a coluna, é de uma reação agressiva por parte do Congresso, aproveitando a CPI que será usada para investigar a JBS para expor Rodrigo Janot e Marcello Miller.
+ Supremo sofre agressão inédita, diz ministra Cármen Lúcia
A primeira medida será pedir a quebra dos sigilos de Miller. Há quem pregue que a mesma medida seja adotada em relação ao escritório Trench Rossi e Watanabe, que contratou o ex-procurador logo após ele deixar a PGR. A banca de advocacia já está conduzindo investigação interna.
Áudios
Nos grampos entregues pela J&F na semana passada, aparece um áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa, falam sobre um diálogo com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que teria sido gravado.
Na conversa entre os dois delatores, Saud cita ainda pelo menos três ministros do STF: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
O nome "Marco Aurélio" aparece na conversa, mas não é uma referência ao ministro do STF Marco Aurélio Mello e sim, a Marco Aurélio de Carvalho, advogado e sócio do ex-ministro da Justiça em um escritório.