© Rodolfo Buhrer/Reuters
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-ministro Antonio Palocci usou a expressão "pacto de sangue" para se referir a um acordo entre a Odebrecht e o ex-presidente Lula para que os benefícios à empreiteira pudessem ocorrer com "normalidade" também no governo Dilma Rousseff, a partir de 2011.
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Mas, além do Brasil, a Odebrecht fez "pactos de sangue" em pelo menos 11 países da América Latina e um da África (Moçambique) por meio do pagamento de US$ 1 bilhão em propinas.
O colunista Clóvis Rossi lembra e menciona alguns exemplos. Como o do Panamá, onde o ex-ministro do governo de direita do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009/2014) foi detido pelo fato de a empresa brasileira ter aberto, em um paraíso fiscal, uma conta para seus pais com depósitos de US$ 10 milhões.
No equador, o presidente de esquerda Rafael Correa enxergava no vice, Jorge Glas, seu sucessor. Mas Jorge acabou caindo na teia da Odebrecht e, embora se mantenha no cargo, foi deixado sem funções pela Assembleia Nacional e está proibido de deixar o país.