Yiwu, a cidade que abastece o mundo com os produtos “made in China”

Preços baixos e 1,8 milhão de diferentes tipos de produtos atraem os comerciantes

©  REUTERS/Carlos Barria 

Economia produtos 10/09/17 POR Agência Brasil

 

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A cidade de Yiwu não é destino turístico da maioria dos visitantes estrangeiros na China, mas é bastante conhecida entre os comerciantes de fora do país: é desse município na província de Zhejiang, na Costa Sudeste, que saem muitos dos produtos made in China (feitos na China) que abastecem as lojas de comércio popular de todo o mundo. Preços baixos e 1,8 milhão de diferentes tipos de produtos atraem os comerciantes. São cinco megacentros de compras com uma área total de 5,5 milhões de metros quadrados e 75 mil lojas, por onde circulam diariamente 200 mil pessoas. Cerca de 500 mil estrangeiros visitam por ano o Centro Comercial Internacional de Yiwu de onde são exportados 66% dos itens de decoração natalina vendidos no mundo, segundo a administração do complexo de lojas.

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Considerado o maior mercado atacadista de pequenas commodities do mundo pela Organização das Nações Unidas e pelo Banco Mundial, o centro comercial exporta 65% dos produtos vendidos ali. Pode-se encontrar de tudo: brinquedos, enfeites, itens para casa, roupas, sapatos, acessórios, eletroeletrônicos. Apesar de a prioridade ser o atacado, é possível comprar a varejo também.

América Latina

Segundo o governo municipal, no primeiro semestre deste ano, o volume total de importações e exportações alcançou 113,58 bilhões de iuanes (cerca de R$ 56 bilhões), um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações para a América Latina atingiram 12,74 bilhões de iuanes (R$ 6 bilhões), um incremento de 25,6%, principalmente por causa da venda de brinquedos. De acordo com o vice-diretor do Departamento de Assuntos Exteriores de Yiwu, Wang Liegang, o governo criou um grande centro logístico para facilitar as exportações e importações. Do Brasil, são importados carne bovina, pedras ornamentais e cristais, e do Chile, vinho e frutas. Mas há interesse em aumentar as importações da América Latina, diz Liegang. Os produtos importados são revendidos para outras regiões da China.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

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