© Adriano Machado / Reuters
Depois de se entregar, nesse domingo (10), o empresário Joesley Batista levou as mãos ao rosto e chorou, no momento em que se viu diante da carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF), em São Paulo.
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Segundo informações do blog Coluna do Estadão, de Andreza Matais e Marcelo de Morais, o empresário "desabou" quando agentes abriram a cela.
Nesta segunda-feira (11), por volta das 10h30, ele deixou a capital paulista e seguiu para Brasília, no avião da PF. Lá, passará por exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), e será encaminhado à carceragem.
O empresário, que é um dos donos da JBS, teve a prisão temporária solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O executivo Ricardo Saud também se entregou. Eles são acusados de omitir informações, no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, e devem ficar detidos pelo menos até sexta (15). No entanto, há a possibilidade de as prisões serem prorrogadas ou transformadas em preventivas.
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Janot também pediu a prisão do ex-procurador Marcello Miller, negada por Fachin, que alegou não existir contra ele indiciário com a consistência necessária para a decretação da prisão temporária por organização criminosa, “ainda que sejam consistentes os indícios de que pode ter praticado o delito de exploração de prestígio e até mesmo de obstrução às investigações”.
Apesar da decisão, a residência de Miller foi alvo de mandado de busca e apreensão, na manhã desta segunda (11), no Rio. Segundo a Folhapress, os agentes chegaram ao local por volta das 6h e saíram depois de 1h40, carregando dois malotes de documentos. O escritório da J&F, empresa controlada pelos irmãos Batista, também foi alvo de operação da PF.