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O câncer colorretal é um dos tumores mais frequentes no mundo, correspondendo ao segundo lugar entre as mulheres e o terceiro entre os homens. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil, 34,2 mil casos novos são registrados por ano. Desse número, 17,6 mil são mulheres e 16,6 mil homens. Setembro é o mês escolhido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia para a conscientização de tumores colorretais.
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O câncer colorretal abrange tumores que acometem o intestino grosso (também conhecido como cólon, sendo que o reto é a porção final do intestino grosso). É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, ou seja, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.
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Um estudo divulgado pela Sociedade Americana de Câncer em março desse ano, analisou aproximadamente 490 mil pessoas e mostrou que os jovens de hoje têm um risco maior que os jovens da década de 80 de desenvolver a doença. A probabilidade, ainda que baixa – 1 caso em cada 100 mil entre jovens de 20 a 29 anos – preocupa pelo fato de ter aumentado com o tempo. Na década de 1980, a probabilidade era de 0,5 para cada 100 mil.
No Brasil não há dados tão precisos, mas um levantamento realizado no Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz apontou que, de 228 pacientes com câncer colorretal operados nos últimos 18 meses, 13% tinham menos de 50 anos.
Fatores de risco
Uma dieta rica em carnes vermelhas e com alto teor de gordura e pouca fibra, associada a uma vida sedentária, são os principais agravantes que podem levar ao surgimento do tumor, além de doença inflamatória intestinal, história familiar de câncer colorretal e algumas síndromes genéticas. A oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Renata D’Alpino, alerta que o consumo de cigarro e o abuso do álcool também são fatores determinantes nesse caso. “O ideal é que se tenha uma dieta rica em frutas e vegetais. Mais de 800g por dia, pode reduzir o risco em 26%”, comenta a especialista.
Diagnóstico
Os sintomas mais comuns da doença são o sangramento ao evacuar, anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com mais de 50 anos, e alterações no hábito intestinal (diarreia ou intestino preso).
Para pacientes que não apresentam sintomas, sem síndromes genéticas, doença inflamatória intestinal ou história familiar de câncer colorretal, a estratégia de rastreamento recomendada pela maioria dos especialistas é a realização de colonoscopia a cada cinco a 10 anos, quando disponível. Como alternativas, pode-se recomendar teste fecal anual ou retossigmoidoscopia (exame utilizado para o diagnóstico das doenças que acometem a porção final do intestino grosso) a cada cinco anos com ou sem teste fecal associado.
“O exame de colonoscopia é tão importante para a detecção precoce do câncer colorretal como a mamografia é para a identificação de câncer de mama”.