França: Macron enfrenta sua 1ª greve geral

O governo de Hollande aprovou a reforma em julho de 2016, mesmo sem um acordo com a maior parte dos sindicatos

© Reuters

Mundo Reforma Trabalhista 12/09/17 POR ANSA

O presidente francês, Emmanuel Macron, enfrentará hoje (12) o primeiro grande teste popular de seu mandato, com um dia de greves e manifestações contra a proposta de reforma trabalhista. Macron, que ocupa o Palácio do Eliseu há quatro meses, traça a reforma trabalhista desde quando era ministro da Economia de François Hollande e Manuel Valls.

PUB

Para os sindicatos CGT (o maior do país), FSU, Solidaires e UNEF, a reforma trabalhista é uma "regressão social". Mas outras siglas permanecem divididas quanto à eficácia da proposta de Macron, e a Force Ouvrière (FO), por exemplo, não aderiou ao movimento de greve. A maior manifestação está marcada para a capital, Paris. No entanto, desde as primeira horas do dia, trabalhadores se reuniam em Marselha para protestar contra a reforma.

O governo de Hollande aprovou a reforma em julho de 2016, mesmo sem um acordo com a maior parte dos sindicatos. Agora, Macron tenta rever e adaptar a reforma, com a promessa de que reduzirá o desemprego na França, que está acima de 9% desde 2009, além de modernizar as leis trabalhistas.   

+ Aeroporto de Copenhague evacuado após incidente

O texto apresentado por Macron prevê medidas que facilitam as demissões, estabelecem um teto para indenizações e dão maior flexibilidade às contratações. Também há a possibilidade de sobrepor as negociações individuais aos acordos coletivos para empresas com até 50 funcionários.

As mudanças geraram a fúria dos sindicatos, já que o Código de Trabalho francês data de 1910 e é considerado uma "bíblia" das relações trabalhistas. A greve de hoje durará 24 horas e afetará os serviços de transporte, energia e saúde. De acordo com pesquisas de opinião divulgadas ontem (11), metade dos franceses considera a paralisação "justificável".

Mesmo com a oposição, Macron anunciou que não desistirá do projeto. "Estou determinado e não cederei. Nem aos preguiçosos, nem aos cínicos, nem aos extremistas", disse. O presidente, por sua vez, não estará no país hoje. Macron viajou para as Antilhas Francesas, no Caribe, para demonstrar solidariedade às vítimas do furacão "Irma". Outra greve geral já tem data marcada: 21 de setembro, um dia antes de Macron apresentar a reforma trabalhista, chamada de "Loi Travail" (Lei do Trabalho, em francês) ao Conselho de Ministros. (ANSA)

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 19 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 21 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 22 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 20 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 22 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 22 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 22 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 21 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 22 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 20 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia