Janot entra na reta final à frente da PGR: 'A semana mais longa'

Antes de deixar o cargo, procurador-geral quer finalizar revisão de delação da JBS, decidir sobre prolongamento da prisão de Joesley e Saud, e ainda denunciar o presidente Michel Temer

© Ueslei Marcelino / Reuters

Política Contagem 12/09/17 POR Notícias Ao Minuto

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou na reta final do seu mandato à frente do Ministério Público Federal (MPF), onde encerra suas funções no próximo dia 17, para ser substituído por Raquel Dodge

PUB

Até lá, está empenhado, junto com a sua equipe, em concluir alguns processos considerados primordiais. O principal deles é a revisão da delação dos executivos da JBS, Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.

Depois da divulgação de áudios que levantaram a suspeita de omissão de fatos criminosos, por parte dos delatores, nos depoimentos já prestados aos investigadores, Janot trabalha com a possibilidade de rescindir totalmente o acordo.

+ Funaro: 'Temer autorizou caixa 2 a campanha de Chalita por telefone'

Ele também pediu a prisão temporária de Joesley e Saud, e foi atendido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o fim da sua missão na PGR, ainda quer decidir se pede a renovação da prisão, ou mesmo a conversão da temporária para a preventiva.

Como se não bastasse, pretende apresentar uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, até o dia 14. Prefere evitar o último dia útil de trabalho, que será dia 15, conforme fontes ligadas ao procurador-geral. "Será a mais longa semana da minha gestão", disse Janot a um interlocutor.

Sobre a nova "flechada" em direção a Temer, ainda não se sabe se será feita uma ou duas acusações. Os crimes seriam obstrução de justiça e organização criminosa.

Já a análise do material apreendido nessa segunda-feira, pela Polícia Federal, nas casas de Joesley, Saud, Francisco de Assis e Silva e Marcello Miller, ex-procurador da República suspeito de fazer jogo duplo na elaboração do acordo de delação, deve ficar para a sucessora de Janot, Raquel Dodge.

De acordo com informações de O Globo, acordos de delação em discussão com o gabinete de Janot também ficarão para o gabinete dela.

No meio de tudo isso, o procurador-geral ainda terá de lidar, nesta quarta-feira (12), com a tensão gerada pelo julgamento do pedido feito pelo presidente Michel Temer, para impedi-lo de atuar nos processos envolvendo o chefe de Estado.

Segundo os advogados de Temer, Janot protagoniza uma perseguição pessoal ao presidente e, por isso, querem a anulação das investigações e da denúncia por corrupção passiva, já apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e rejeitada na Câmara, no dia 2 de agosto.

Também amanhã, os 11 membros da Corte analisarão outro pedido da defesa, dessa vez para impedir o andamento de eventual nova denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, até que sejam investigadas irregularidades no acordo de colaboração premiada de executivos do grupo J&F, ou até a análise final da suspeição de Janot.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 22 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

fama Televisão 04/11/24

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

mundo Catástrofe 04/11/24

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia

fama Óbito Há 18 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

fama Mortes Há 21 Horas

Todos os famosos que morreram em 2024 e alguns você nem lembrava

justica Desvio 04/11/24

Funcionário de empresa confessa desvio de R$ 500 mil para apostar no Jogo do Tigrinho

mundo Uganda Há 18 Horas

Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

fama Maternidade Há 23 Horas

Nasce primeiro filho de atriz Margot Robbie, diz revista

fama Cantora Há 20 Horas

Rihanna diz que torcia pela seleção brasileira e era fã de Ronaldinho Gaúcho

mundo Estados Unidos 04/11/24

Trump sinaliza apoio à ideia de tirar flúor da água, se eleito presidente dos EUA