Coreia do Norte após sanções: EUA sentirão a maior dor de sua história

Embaixador do país asiático afirma que desenvolvimento da força nuclear de Pyongyang está em fase de finalização e que os EUA estão obcecados em reverter esse avanço

© KCNA KCNA/Reuters

Mundo Últimas Notícias do Mundo 12/09/17 POR Folhapress

Após rejeitar a resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs novas sanções a Pyongyang, a Coreia do Norte disse nesta terça (12) que os Estados Unidos sentirão em breve "a maior dor que já experimentaram em sua história".

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Presente na Conferência de Desarmamento, promovida pela ONU, o embaixador da Coreia do Norte em Genebra, Han Tae Song, afirmou que o desenvolvimento da força nuclear de Pyongyang está em fase de finalização e que os EUA estão obcecados em reverter esse avanço.

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"O regime de Washington disparou um confronto político, econômico e militar, está obcecado com o jogo selvagem de reverter o desenvolvimento de força nuclear pela Coreia do Norte, que já atingiu a fase de finalização", afirmou o Tae Song, que garantiu que "as próximas medidas da Coreia do Norte farão com que os EUA sofram a maior dor que já experimentaram em sua história".

ONU

Nesta segunda (11) Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que determinou novas sanções contra a Coreia do Norte, mas não previu proibição às exportações de petróleo ao país, como queriam os Estados Unidos. Foi a oitava rodada de sanções aprovada contra a Coreia do Norte por seu programa nuclear desde julho de 2006 -a metade delas passou no último ano e meio.

De última hora, o governo americano cedeu e apresentou um texto menos duro para ter o apoio fundamental da China, aliada do regime norte-coreano, e da Rússia.

A nova resolução proíbe exportações do setor têxtil pela Coreia do Norte e a venda de gás natural para o país. Em relação ao petróleo, a decisão foi de colocar um limite nas exportações de petróleo refinado ao país, de 2 milhões de barris por ano.

Segundo a Agência de Informação de Energia americana, isso vai representar um corte de cerca de 10% do petróleo que Pyongyang hoje importa da China, seu principal parceiro comercial e de onde parte cerca de 90% do combustível importado pela Coreia do Norte.

O governo americano tinha pedido, na última semana, que o Conselho aprovasse sanções "mais duras possíveis" após o regime norte-coreano fazer o seu sexto e mais potente teste com bomba nuclear, no último dia 3.

Segundo o regime de Kim Jong-un, a bomba era de hidrogênio, com potencial destrutivo ao menos seis vezes superior ao da bomba de Hiroshima (1945). O abalo captado por Seul foi dez vezes o gerado por testes anteriores de Pyongyang.

O objetivo ao propor uma proibição nas exportações de petróleo era impactar diretamente setores vitais da economia da Coreia do Norte, como a agricultura. Pequim e Moscou, contudo, já haviam sinalizado que vetariam uma resolução nesses termos.

O texto aprovado nesta segunda também não impõe uma proibição de viagem nem congela os bens de Kim Jong-un, como estava no primeiro rascunho americano.

A resolução determina que todos os países inspecionem navios que entram e saem de portos norte-coreanos em busca de materiais que possam servir para pesquisa ou desenvolvimento militar, mas não autoriza o uso da força contra navios que não permitam a inspeção, como tinha sido proposto inicialmente pelo governo Donald Trump.

É preciso ainda, segundo o texto, que as inspeções sejam feitas com o consentimento dos países onde os navios são registrados, o que pode abrir espaço para violações.

Outra concessão feita foi sobre os trabalhadores norte-coreanos. O primeiro texto dizia que os países não deveriam fornecer autorização de trabalho a norte-coreanos a não ser que ela fosse necessária para assistência humanitária ou desnuclearização. O veto impactaria a Rússia, que conta com a mão de obra. Com informações da Folhapress.

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