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Nos últimos anos parece que se generalizou a ideia de que podemos comer o que quisermos, desde que depois faça exercícios para queimar o que acumulou. Os especialistas destacam que esta ideia está muito errada e pode causar danos à saúde.
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Sim, ao comer ingerimos as calorias dos alimentos e quando treinamos, de fato, queimamos calorias, no entanto tendemos a sobrestimar as calorias que queimamos e a subestimar as calorias que ingerimos, fazendo com que as contas geralmente não batam certo.
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A personal trainer Cassia Denton revelou ao Washington Post que, apesar de ser importante, “o exercício não representa mais de 20% da perda diária de peso”, enquanto 80% dessa perda de peso provém da nutrição. Ou seja, um corpo em forma faz-se na mesa, e não (apenas) na academia.
Para além disso, os alimentos não têm apenas calorias, os seus nutrientes ou a falta deles afetam o funcionamento e a saúde do nosso corpo de diferentes formas, o que pode ir muito para além do engordar ou emagrecer.
Claire Mysko, diretora executiva da Associação Nacional de Transtornos Alimentares, sublinha que “em vez de olhar para os alimentos como bons ou maus e para o exercício como um mecanismo para queimar calorias, tentamos encorajar as pessoas a pensar na atividade física como algo que faz com que se sintam bem e a comida como algo que lhes dá energia”.