Para enfraquecer nova denúncia, Planalto irá comparar Funaro a Joesley

Expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente nesta semana segunda acusação contra Temer, desta vez por obstrução judicial e organização criminosa

© Adriano Machado / Reuters

Política Tática 12/09/17 POR Folhapress

Na tentativa de enfraquecer nova denúncia contra o presidente Michel Temer, o Palácio do Planalto tentará comparar o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro ao executivo Joesley Batista, preso no último domingo (10).

PUB

A estratégia esboçada por auxiliares e assessores presidenciais e que será reproduzida pela base aliada é adotar o discurso de que o corretor de valores apresenta acusações duvidosas e mentirosas para obter benefícios junto à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Para associá-lo ao empresário da JBS, a ideia é utilizar termos já usados por governistas para se referir a Joesley, como falastrão e criminoso. Em nota divulgada nesta terça-feira (12), o presidente já começou a adotar o novo tom, criticando "bandidos" e "facínoras".

O objetivo é tentar, assim, desqualificar as acusações contra o presidente, lembrando que Joesley tentou fazer o mesmo que Funaro e que sua delação premiada acabou sob investigação, com a possibilidade de ser cancelada pelo Ministério Público Federal.

+ Sem diploma, Joesley Batista pode ser transferido para cela comum

A expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente nesta semana nova denúncia contra Temer, desta vez por obstrução judicial e organização criminosa, e que utilize elementos da delação premiada de Funaro.

Na frente jurídica, a defesa do presidente avalia ainda processar Funaro pelos crimes de calúnia e difamação assim que for apresentada a nova denúncia, como o feito com Joesley, mas que acabou sendo rejeitado pela Justiça Federal.

As acusações feitas pelo corretor de valores têm causado preocupação ao Palácio do Planalto, que receia a deflagração de uma nova crise política que inviabilize a pauta econômica do governo, como a votação da reforma previdenciária.

Segundo a conclusão de relatório da Polícia Federal, o peemedebista tinha poder de decisão no chamado "quadrilhão do PMDB". O documento também aponta indícios de que o presidente tenha recebido vantagens de R$ 31,5 milhões, o que ele nega.

O inquérito tem ainda como alvos os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Henrique Alves (RN) -os três últimos presos devido a diferentes investigações-, todos do PMDB. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 7 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

mundo Estados Unidos Há 7 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Patrick Swayze Há 21 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

brasil Tragédia Há 7 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Mal de parkinson Há 22 Horas

Famosos que sofrem da doença de Parkinson

fama Emergência Médica Há 8 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 7 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos

tech Aplicativo Há 7 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

fama Condenados Há 15 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

justica Minas Gerais Há 6 Horas

Motociclista tenta fugir de blitz e leva paulada de policiais; vídeo