Bolsa atinge nova máxima com ajuda de Vale; dólar sobe com exterior

O dólar comercial se valorizou 0,77%, para R$ 3,129

© Reuters

Economia MERCADO FINANCEIRO 12/09/17 POR Folhapress

A Bolsa brasileira subiu pelo segundo dia e renovou, nesta terça (12), seu maior patamar histórico, sustentada por dados do varejo e pelo avanço das ações da Vale, apesar da pressão de Petrobras e do setor financeiro.

PUB

No mercado cambial, o dólar encostou em R$ 3,13, acompanhando o exterior e refletindo também o aumento da percepção de risco pelo cenário político local.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, avançou 0,30%, para 74.538 pontos. No pregão, o volume negociado foi de R$ 9,5 bilhões, contra média diária de R$ 8,13 bilhões no ano.

O dólar comercial se valorizou 0,77%, para R$ 3,129. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,85%, para R$ 3,115.

A Bolsa renovou seu recorde e, na máxima, atingiu 75.332 pontos. O otimismo com a economia continuou amparando o mercado nesta sessão, após divulgação de dados do varejo brasileiro.

Segundo o IBGE, as vendas no varejo ficaram estáveis em julho na comparação mensal, mas cresceram 3,1% em relação ao mesmo mês de 2016, o melhor resultado nessa base de comparação desde maio de 2014 (4,6%).

"Esses dados reforçam a recuperação em curso do consumo, ainda que envolta por certa incerteza devido ao impacto da liberação do FGTS das contas inativas, o que dificulta avaliar qual deve ser o ritmo de recuperação do consumo", avalia Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

"O consumo foi o destaque nos dados do PIB no segundo trimestre. Esses dados de vendas no varejo de julho sugerem que consumo deve contribuir positivamente para o crescimento no terceiro trimestre."

JUROS

A ata do Copom, confirmando que o Banco Central estuda o "encerramento gradual" do atual ciclo de cortes na taxa básica de juros, também contribui para dar fôlego à Bolsa, com a expectativa da entrada de novos investidores em busca de retorno maior em suas aplicações.

A Bolsa perdeu força perto do fim do pregão, com os investidores optando por embolsar parte dos lucros. Também houve influência da piora no cenário político.

Essa piora ocorreu após o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizar a abertura de um inquérito para investigar o presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O caso se refere ao suposto esquema que teria beneficiado a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos.

"Se a política tivesse menos ruim, a alta seria até mais expressiva, porque o mercado está otimista devido aos números econômicos. Mas o político é o que segura", afirma Marco Tulli, gestor da mesa de operações da corretora Coinvalores.

No exterior, o rebaixamento do fenômeno Irma de furacão para tempestade tropical melhorou o cenário para o dólar, que se valorizou em relação a 23 das 31 principais divisas mundiais.

"O motivo principal para a recuperação do dólar em escala global foi o Irma. O mercado esperava uma destruição maior na Flórida e nos arredores, mas o estrago vai ser menor e a atividade na região será retomada antes do que se esperava", afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) se valorizou 1,51%, para 183,4 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. A taxa para janeiro de 2018 recuou de 7,660% para 7,635%. O DI para janeiro de 2019 recuou de 7,680% para 7,630%.

AÇÕES

As ações da Magazine Luiza recuaram 11,85%, após a empresa aprovar uma oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 24 milhões de ações ordinárias, que pode movimentar quase R$ 2 bilhões. A queda ocorre pela interpretação de que a oferta pode diluir a participação dos acionistas minoritários.

Os papéis da Petrobras fecharam em baixa, apesar da valorização dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados da estatal recuaram 0,80%, para R$ 14,87. As ações que dão direito a voto perderam 0,77%, para R$ 15,40.

A mineradora Vale fechou com alta, após os preços do minério de ferro avançarem 2,52% no exterior. Os papéis ordinários da Vale subiram 0,48%, para R$ 35,26. As ações preferenciais ganharam 0,75%, para R$ 32,40.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco recuaram 0,28%. As ações preferenciais do Bradesco se desvalorizaram 0,14%, e as ordinárias tiveram baixa de 0,94%. O Banco do Brasil teve recuo de 1,33%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil caíram 1,06%.

As ações da Eletrobras estiveram entre as principais altas da sessão, após o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmar que o governo corre para fechar os detalhes do modelo a ser adotado na privatização da elétrica, que deve ser divulgado ainda neste mês.

Os papéis ordinários da Eletrobras subiram 0,94%, e os preferenciais se valorizaram 1,48%. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Beto Barbosa Há 20 Horas

Beto Barbosa é criticado por ter se casado com adolescente de 15 anos

fama Redes Sociais Há 19 Horas

Jojo Todynho vira garota-propaganda da Havan, que ironiza 'cancelamento'

fama TV Há 21 Horas

Elizabeth Savala faz 70 anos e negocia volta à TV

lifestyle Culinária de luxo 23/11/24

As comidas mais caras do mundo: Você já provou alguma?

fama INFLUENCIADOR-DIGITAL Há 20 Horas

Virgínia, Felipe Neto e outros influenciadores deixaram de pagar R$ 30 mi em tributos com o Perse

fama CARIÚCHA-CANTORA Há 20 Horas

Cariúcha não apresenta 'Fofocalizando', e programa revela cirurgia plástica

mundo EUA Há 23 Horas

Trump confirma nomeação de Scott Bessent para chefiar Tesouro nos EUA

fama Presos Há 23 Horas

Famosos que foram presos várias vezes: Quem tem o recorde?

brasil ANTÁRTIDA-AMBIENTE Há 23 Horas

Começa expedição que busca completar a maior circum-navegação na Antártida

esporte FUTEBOL-NEYMAR Há 20 Horas

'Nunca estivemos tão livres para decidir', diz pai sobre futuro de Neymar