© <a href="https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/445103/bolsonaro-critica-exposicao-imoralidade-financiada-pelo-santander">Luis Macedo / C&acirc;mara dos Deputados</a>
Deputados bateram boca no plenário da Câmara nesta terça-feira (12) sobre a exposição de diversidade sexual promovida em Porto Alegre (RS). O evento foi alvo de críticas de que as obras estariam incentivando a pedofilia, a sexualização de crianças e zoofilia.
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De acordo com o G1, dois promotores do Ministério Público do estado se encaminharam até a sede da exposição, no Santander Cultural, e constataram que não havia pedofilia nas obras expostas.
Quem levantou o tema no plenário foi o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), dizendo que a mostra foi alvo de intolerância e que não havia apologia à pedofilia.
Logo, foi hostilizado por um grupo pró a suspensão da mostra. Entre eles, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) que chegou a segurar cartazes nas costas do deputado do PSOL, enquanto ele discursava. Em resposta, Wyllys arrancou uma das folhas de papel das mãos de Feliciano. Segundo a reportagem, um segurança precisou intervir e se posicionou entre os deputados.
Outros parlamentares também discursaram contra a exposição, alegando que a exposição atentava contra os bons costumes. O deputado Major Olímpio (SD-SP) foi um dos que vaiou o discurso de Wyllys e gritou que ele estaria mentindo.
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Após retornar ao microfone, Jean Wyllys chamou os colegas parlamentares de "bando de ignorantes, bando de hipócritas". O clima ficou mais pesado após uma analogia do deputado, que disse que o crucifixo com Jesus Cristo em uma cruz seria apologia à tortura.
Enquanto os parlamentares ligados à bancada evangélica pediam retratação, os deputados de esquerda acusavam os demais de propagar o "obscurantismo".
Ainda nesta terça, manifestantes contra e a favor do cancelamento de exposição brigaram em frente ao Santander Cultural. Policiais Militares usaram gás lacrimogênio e bombas de efeito moral para dispersar a briga.
Dois manifestantes que protestavam contra o cancelamento da mostra acabaram presas por desacato e incitação à violência, mas foram liberados após assinar um termo circunstanciado.