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Se em 1960 o governo sul-coreano investiu em uma unidade de decapitação para assassinar o então ditador norte-coreano, KimIl-sung, o plano ameaça voltar em 2017. O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, teria anunciado a parlamentares de Seul a ideia de retomar a força especial no final deste ano. A estratégia passa por incursões noturnas na Coreia do Norte com helicópteros, tendo Kim Jong-un como alvo. Spartan 3.000, como a unidade é oficialmente conhecida, não tem a missão clara de decapitar o atual líder supremo da Coreia do Norte, diferente da estratégia adotada cinco décadas atrás. Naquela época, a Coreia do Sul treinou secretamente homens, na maior parte presidiários, para cortar a garganta de Kim Il-sung. A missão acabou por ser abortada, o que causou revolta entre os homens, que mataram os seus treinadores e fugiram para Seul, onde se explodiram - um caso escondido por décadas pelo governo sul-coreano.
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"A melhor dissuasão que podemos ter, ao lado de termos nossas próprias armas nucleares, é fazer Kim Jong-un temer pela própria vida", afirmou Shin Won-sik. Ele é um general três estrelas, que atuou como principal estrategista do Exército sul-coreano antes de se aposentar, em 2015, segundo reportagem publicada pela Folha de São Paulo.
A estratégia de hoje é transmitir uma mensagem ameaçadora, a fim de amedrontar a liderança em Pyongang, que continua a investir no desenvolvimento do seu arsenal nuclear. O anúncio da unidade especial também levantou suspeitas se a Coreia do Sul e os Estados Unidos, principal aliado, não estariam preparando uma investida contra Kim Jong-un e seus homens de confiança como forma de prevenir um possível ataque daquele país.