© Tânia Rêgo / Agência Brasil
Os depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan dados à Justiça Federal do Distrito Federal nesta terça-feira (12), por meio de videoconferência, mostram que o petista não exerceu nenhum tipo de influência para a aprovação de medidas provisórias que oferecem benefícios fiscais a indústria automobilística para, assim, receber vantagens indevidas, informou a defesa do ex-presidente Lula (PT).
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De acordo com o que informou o UOL, eles foram arrolados pela defesa na ação penal em que Lula é réu, no âmbito da Operação Zenotes. FHC prestou depoimento por cerca de 20 minutos e foi questionado pela defesa sobre os incentivos dados ao setor durante o seu governo. Foi a segunda vez que o ex-presidente deu esclarecimentos como testemunha de defesa de Lula.
O petista é réu junto com seu filho Luis Cláudio Lula da Silva, ambos denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) sob a suspeita de participarem de um esquema de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a compra de 36 caças Gripen, da sueca Saab, pelo governo brasileiro.
Também prestaram depoimento o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, ambos das gestões petistas. Cardozo disse que nunca soube de nenhuma tramitação anormal de medida provisória relacionada ao setor automotivo.
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