© José Cruz/Agência Brasil
O doleiro Lúcio Funaro assinou, no dia 22 de agosto último, acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi homologado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Pelo acerto, ele deixará a cadeia em meados de 2018, para cumprir mais dois anos em regime semi-aberto e outros dois em prisão domiciliar, conforme a coluna Radar, de Veja.
Funaro é processado pela Justiça Federal, em Brasília, em três investigações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O empresário também foi citado nas delações da JBS.
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Ele é apontado como operador financeiro do PMDB e, por isso, é testemunha-chave em processos que envolvem o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, além de Michel Temer.
Em seus depoimentos, Funaro já citou o presidente, ao afirmar que a pedido do peemedebista pegou uma caixa contendo R$ 1 milhão em espécie, no escritório do assessor especial e amigo íntimo de Temer, José Yunes, que deveria ser entregue ao cuidados de Geddel, em Salvador (BA).
Ele também disse ter presenciado, em 2012, um telefonema no qual o então vice-presidente Michel Temer avalizou pagamentos eleitorais como um "pedágio" por liberação de créditos da Caixa Econômica Federal.
Em um dos anexos da colaboração de Funaro ainda consta a informação de que Temer tramava, "diariamente", a deposição da ex-presidente da República Dilma Rousseff com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.