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Segundo o procurador da República Ângelo Goulart Villela, Rodrigo Janot mirava na derrocada do presidente Michel Temer, ao fazer o acordo de delação com a JBS. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicadas nesta segunda-feira (18), ele disse ter, inclusive, presenciado uma conversa de Janot, onde ele afirma que o mesmo também tinha o objetivo de barrar a nomeação de Raquel Dodge, sua substituta.
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Segundo Goulart, as palavras de Janot dão conta de que ele não queria Dodge como substituta. "A minha caneta pode não fazer meu sucessor, mas ainda tem tinta suficiente para que eu consiga vetar um nome", teria ditoRodrigo Janot.
Goulart concedeu entrevista à Folha no sábado (16), a sua primeira após deixar a prisão, no dia 1º de agosto, onde ficou por 76 dias sob suspeita de vazar à JBS informações do Ministério Público. "A desonra dói muito mais que o cárcere", disse.
Alvo da Operação Patmos, de 18 de maio, ele foi denunciado por corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução de Justiça.
Em sua delação, Joesley Batista, a JBS, disse que Goulart teria recebido uma "ajuda de custo" de R$ 50 mil por mês para vazar informações. Depois, porém, afirmou não saber se o dinheiro chegava ao procurador.
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O advogado Willer Tomaz seria o intermediário. A Polícia Federal monitorou em maio um encontro de ambos com Francisco Assis e Silva, advogado e delator da empresa. De acordo com a Folha de S. Paulo, Goulart integrava a força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga um suposto esquema de uso irregular de recursos de fundos de pensão.