Cidades rohingyas em Myanmar foram dizimadas, denunciam ONGs

Mais de 214 vilarejos sofreram incêndios, mostraram satélites

© Reuters

Mundo perseguição 19/09/17 POR Notícias Ao Minuto

A população minoritária muçulmana rohingya foi quase dizimada na cidade de Maungdaw, em Myanmar, de acordo com uma denúncia feita hoje (19) pela ONG de direitos humanos Arakan Project.

PUB

Segundo os ativistas, em toda a zona de Rakhine (enclave muçulmano também chamado de Arracão) há registros de incêndios e perseguições, o que obrigou os rohingyas a abandonarem seus lares. O Arakan Project atua desde 1999 para melhorar as condições dos rohingyas em Myanmar, cuja a maioria da população é budista e onde há históricos conflitos étnicos.

A denúncia apresentada pela ONG local foi corroborada pela Human Rights Watch, que detectou 214 vilarejos incendiados desde o fim de agosto, baseando-se em imagens de satélites. Desde o início do mês, as Nações Unidas denunciam uma perseguição contra os rohingyas, levada a cabo pelo Exército de Myanmar.

+ Elefantes matam duas pessoas rohingyas esmagadas

Estima-se que quase 400 mil rohingyas tenham fugido do país em busca de asilo em Bangladesh. A crise começou em 25 de agosto, quando várias delegacias foram atacadas por rebeldes do grupo Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA). Desde então, os militares de Myanmar perseguem e executam de forma indiscriminada qualquer muçulmano. Pressionado para mediar a situação, a Prêmio Nobel da Paz de 1991 e conselheira de Estado, San Suu Kyi se nega a reconhecer a crise.

A líder, que governa "de facto" o país, voltou a dizer hoje que não houve violação nas residências rohingyas. Em um discurso a diplomatas em Naypyidaw, a Nobel da Paz comentou que "mais da metade das residências" está intacta e até convidou os estrangeiros a visitarem os locais para comprovarem a suposta normalidade da situação. San Suu Kyi também afirmou que "não teme" as críticas da comunidade internacional.

Em um discuso na televisão, em rede nacional, o primeiro desde o início da crise, ela disse ainda que "não é intenção do governo atribuir culpa ou se evadir da própria responsabilidade". "Condenamos todas as violações de direitos humanos e a violação da lei. Somos um país frágil e com muitos problema, mas devemos enfrentar todos. Não podemos nos concentrar apenas em alguns deles", comentou. Com informações da ANSA.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Óbito Há 21 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

mundo Uganda Há 21 Horas

Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

fama Cantora Há 23 Horas

Rihanna diz que torcia pela seleção brasileira e era fã de Ronaldinho Gaúcho

fama Hobbies Há 20 Horas

Famosos que pularam de bungee jump e fizeram outras loucuras radicais!

mundo Estados Unidos Há 4 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

fama Luto Há 18 Horas

Bailarina de Claudia Leitte teve parada cardíaca em ensaio

fama Polêmica Há 19 Horas

Sean Combs, o Diddy, completa 55 anos em meio a processos e denúncias sexuais

politica Justiça Há 3 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Luto Há 13 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema

fama Homenagem Há 17 Horas

Adriane Galisteu faz declaração a Senna em semana de homenagens