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O governo palestino do presidente Mahmoud Abbas disse estar preparado para assumir as suas funções em Gaza após o movimento islâmico do Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, ter anunciado desejo de se reconciliar com as autoridades de Ramallah.
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"O governo palestino quer tomar as rédeas em Gaza, cumprir suas obrigações para com os palestinos de Gaza e aliviar o sofrimento deles", diz o comunicado oficial que foi emitido após reunião do governo palestino, realizada em 19 de setembro em Ramallah (Cisjordânia).
"O governo palestino quer tomar as rédeas em Gaza, cumprir suas obrigações para com os palestinos de Gaza e aliviar o sofrimento deles", diz o comunicado oficial que foi emitido após reunião do governo palestino, realizada em 19 de setembro em Ramallah (Cisjordânia).
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Em 17 de setembro, o Hamas, que governa em Gaza desde 2007, anunciou que dissolveu um órgão polêmico visto por Mahmoud Abbas como governo paralelo, e que desejava dialogar com as autoridades de Ramallah para a reconciliação e realização de eleições gerais.
Espera-se que Rami Hamdallah, primeiro-ministro palestino, visite Gaza nos próximos dias, sendo essa a primeira vez desde 2015.
"Uma vez que o primeiro-ministro vá a Gaza e o governo comece a tomar posse em diferentes ministérios, o Fatah [movimento político de Abbas] e o Hamas começarão a falar sobre a reunificação e como resolver problemas", de acordo com comunicado oficial do governo palestino.
De Gaza, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, reiterou o desejo do seu movimento em direção à compreensão com Ramallah.
"Estamos prontos para receber um governo de unidade nacional em Gaza e estamos prontos para retornar ao Cairo para falar com o Fatah a fim de lançar os alicerces de um diálogo nacional produtivo", afirmou o líder do Hamas.
O Egito desempenha papel de mediador entre as facções diferentes palestinas.
Por outro lado, os líderes do Hamas pediram a Abbas que levantasse as medidas punitivas contra Gaza, que asfixiam ainda mais a população. Nos últimos meses, o governo palestino não pagou todos os salários dos funcionários de Gaza nem parte da conta elétrica em Gaza, o que reduziu o seu fornecimento para três ou quatro horas por dia.
Os dois milhões de pessoas de Gaza também sofrem as consequências de um bloqueio severo imposto por Israel por dez anos e vivem em condições de pobreza e isolamento, consideradas alarmantes por organizações internacionais.
Três guerras contra Israel devastaram a Faixa de Gaza nos últimos dez anos. De acordo com a ONU, se nada mudar, Gaza poderá se tornar uma área inabitável até 2020. Com informações do Sputnik News.