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O prefeito João Doria (PSDB) anunciou na manhã desta quarta-feira (20) uma parceria entre a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e o aplicativo de trânsito Waze.
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Com o acordo, o aplicativo vai repassar automaticamente à CET as informações sobre semáforos quebrados que estiverem disponíveis em sua plataforma -nela, os usuários reportam obstáculos em tempo real, que permitem ao Waze montar a melhor rota para o motorista chegar ao seu destino.
Segundo o presidente do órgão, João Octaviano Machado Neto, a parceria amplia o "poder de monitoramento na cidade" e permite à companhia "iniciar um planejamento para reduzir o tempo de resposta para as falhas detectadas na capital."
A prefeitura afirma que as ações voltadas aos semáforos são a etapa inicial da parceria que, posteriormente, poderá ser ampliada. No entanto, não foram dados maiores detalhes sobre os próximos passos do acordo.
APAGÃO
No primeiro semestre deste ano, São Paulo enfrentou uma onda de semáforos apagados por falta de manutenção, após o vencimento de um contrato no final do ano passado, ainda na administração de Fernando Haddad (PT).
O edital do pregão para este tipo de sinalização foi lançado em maio, mas sofreu uma série de percalços. Foi questionado pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), que apontou falta de detalhamento, depois foi suspenso e, somente em julho, realizou-se um novo pregão.
No fim de agosto, ainda foi parcialmente suspenso pela Justiça por suspeita de direcionamento na concorrência.
O desembargador do TJ que julgou o caso afirmou que o atraso na contratação foi "aparentemente criado pelo próprio ente público" e que a demora do pregão, por problemas anteriores da própria administração, "não pode representar um salvo-conduto para eventual direcionamento concorrencial".
Durante o anúncio desta manhã, o secretário de Transportes, Sérgio Avelleda, disse que a prefeitura vai entrar na tarde desta quarta com um pedido de reconsideração da liminar.
CRÍTICAS
Ao apresentar a parceria com o aplicativo, Doria se defendeu das críticas às viagens que tem feito pelo país e voltou a dizer que é possível administrar a cidade pelo celular.
"Tem muita gente no Brasil ainda analógico, no pré-analógico, que acha que o mundo é papelzinho. Não tenho nada contra o papel, nem contra o lápis, mas agora o mundo mudou. Vamos acordar, o Brasil hoje tem que ser digital", afirmou.
Doria trava disputa interna no PSDB com o governador Geraldo Alckmin para a escolha do candidato do partido nas eleições à Presidência no ano que vem. Alckmin teve papel decisivo na escolha de Doria como candidato na disputa municipal.
"Não pode sair, não pode viajar, não pode andar. Não pode nada. Isso é década de 1950, nós estamos no século 21", disse Doria. Com informações da Folhapress.