Avianca Brasil passa a cobrar por despacho de mala

A partir de segunda-feira (25), a empresa passará a oferecer uma opção para o passageiro que não quer despachar

© REUTERS/John Vizcaino

Economia aviação 21/09/17 POR Folhapress

A Avianca Brasil, única das grandes empresas aéreas brasileiras que vinha resistindo a cobrar o envio de bagagem separadamente do valor da passagem, decidiu também cobrar preço diferente do viajante que despacha a mala.

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Hoje, quem compra passagem da Avianca já tem opções de preços, as chamadas classes tarifárias. Se quiser pagar menos, o passageiro abre mão de benefícios como isenção de taxas de alteração e mais pontos de milhagens. Mas a gradação não envolvia a bagagem, ou seja, todos os passageiros já tinham embutido no preço da passagem o direito de levar uma mala de mão e despachar outra.

A partir de segunda-feira (25), a empresa passará a oferecer uma opção para o passageiro que não quer despachar. Segundo a empresa, esse bilhete será mais barato.

Quando a Justiça liberou a cobrança pelo despacho de mala em voos domésticos, em abril, as maiores empresas do setor, Latam, Gol e Azul, definiram rapidamente suas novas políticas de preços.

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A Avianca, que é a menor delas, disse, a princípio, que não iria aderir. A decisão estaria em linha com o posicionamento da imagem da empresa, que busca ser reconhecida por oferecer diferenciais de serviço, como tratamento mais personalizado ao passageiro e mais opções de entretenimento a bordo.

"Nosso desafio era como fazer isso. Realmente, há vantagem em ter tarifa que não leva bagagem, mas, ao mesmo tempo, não queríamos alterar nossa prestação de serviço", diz Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil.

A nova regra para bagagens em voos domésticos foi recebida com polêmica no Brasil desde que foi aprovada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em dezembro de 2016. O caso teve idas e vindas na Justiça até ser liberado em abril.

Segundo empresas e entidades do setor, a medida reduz preços aos passageiros que optam por viajar só com a bolsa de mão, sem despachar outras malas, mas é questionada por entidades de defesa de consumidores.

O resultado ainda não foi divulgados com exatidão, mas a Abear (entidade do setor) promete apresentar nesta quinta (21) o balanço dos primeiros efeitos da medida.

Para o especialista André Castellini, sócio da Bain & Company, o cálculo é difícil.

"Se o setor provar que ofereceu quantidade significativa, e não poucos lugares para inglês ver, com tarifas mais baixas do que a tarifa mínima mais baixa anterior, aí será possível argumentar que tem passageiro se beneficiando." Com informações da Folhapress.

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