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Por conta dos atrasos no Bolsa Atleta, que só voltarão a ser pagos em novembro, a atleta do nado sincronizado Pâmela Nogueira, que disputou os Jogos Olímpicos do Rio, começou a trabalhar como motorista de Uber.
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Principal programa do Ministério do Esporte, ele tinha previsão de consumir R$ 137 milhões em 2017, contra R$ 143 milhões do ano passado. Mas, o governo foi cortando a verba até deixar só R$ 125 milhões disponíveis. Considerando o número de bolsistas, a conta não fecha.
“Eu resolvi sair da seleção brasileira para poder conseguir trabalhar. Na seleção, eram oito horas de treino, mais o tempo de ida e volta, não dá para trabalhar depois. Só que como a gente é atleta, conseguir um emprego é mais difícil”, explicou Pâmela, para a página Olhar Olímpico, do UOL.
Este ano ela havia trabalhado em sua área. Professora de educação física, Pâmela acompanhou a preparação física das atletas que disputariam o Mundial de Esportes Aquáticos, mas o trabalho terminou em julho. Ela então seguiu as dicas de uma amiga.
“Ela já rodava de Uber e perguntou por que eu não rodava também. Disse que era só rodar de dia que não tinha problema. Fiquei um mês rodando de Uber até dar certo o trabalho aqui em BH. Quando vim para cá, comecei a dar treino aqui, mas em período curto, só de tarde para noite. Ficava o dia todo livre, então fiquei rodando no Uber aqui também”, contou.
Pâmela competia pelo Brasil desde 2007, quando levou o bronze no Pan do Rio.