Dia de tiroteio em morros tem morador em pânico e escolas sem aula

Confira relatos de moradores da capital

© Reuters 

Brasil Rio 22/09/17 POR Folhapress

O intenso tiroteio entre policiais e criminosos na Rocinha, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (22), provocou tumulto, pânico e alterou a rotina de cariocas.

PUB

Compromissos desmarcados, aulas canceladas e medo de trafegar por locais próximos à favela são alguns dos reflexos da crise de segurança vivida no Rio.

"Quando cheguei embaixo da passarela da Rocinha, vi muitos policiais, cerca de 20, saindo do túnel com fuzis, prontos para invadir. De repente, começou um tiroteio violento no asfalto. Acho que fui um dos últimos carros a passar pelo túnel, que foi fechado depois. Nem sei como consegui, minhas pernas tremiam", disse o empresário Ricardo Tupinambá, 54, que mora na Barra da Tijuca.

Ele ia a uma reunião, sem saber do que ocorria na Rocinha. Após o susto, buscou a filha na PUC -as aulas foram suspensas-, deixou o carro na Gávea e voltou de metrô para casa. "Não sei quando vou buscar meu carro. Não quero nem pensar em passar novamente pelo túnel." Há relatos também de tiroteios em outras comunidades do Rio, como o Dona Marta e Chapéu Mangueira, na zona sul, e no Complexo do Alemão, na zona norte.

+ 950 homens das Forças Armadas chegam à Rocinha

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), diz que as ações são uma reação ao avanço das tropas do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Rocinha.

A também empresária Laura Mariani, 54, mora no Humaitá, perto do Morro Dona Marta, e se preparava para sair de casa, por volta das 10h, quando começou a ouvir tiros no morro. "Durou uns 20 minutos. Resolvi ficar em casa. Amigos que moram no bairro me falaram que ficaram presos em casa aguardando uma trégua."

A rotina da designer Gisela Fiuza, 55, também foi alterada nesta sexta, com o cancelamento das aulas do filho na escola. "Liguei para a escola por volta de 10h para saber se haveria aula à tarde, pois meu filho tinha prova, e informaram que todas as atividades estavam canceladas e que os funcionários estavam indo embora. Pânico total."

No Botafogo, a estudante Manuela Guimarães, 17, do Colégio Santo Inácio, disse que os alunos ficavam assustados por, a todo momento, receberem informações pelo aplicativo WhatsApp sobre tiroteios no Dona Marta. "Na hora da saída o coordenador disse que a rua São Clemente estava tranquila, mas que não deveríamos passar em frente ao Dona Marta". Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 15 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 15 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 9 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 16 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 8 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 16 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 11 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 11 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 16 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos