Procurador pretende expor Janot em CPI

Procurador pretende expor Janot em CPI

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Política CPI 23/09/17 POR Folhapress

O procurador Ângelo Goulart Villela, que chegou a ser preso em decorrência dos relatos de Joesley Batista, da JBS, está disposto a abrir a "caixa preta das delações" na gestão de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, encerrada domingo (17).

PUB

+ Gilmar Mendes nega habeas corpus a Joesley e Wesley Batista

Em conversas com interlocutores, Villela relatou interesse em expor publicamente os métodos, segundo ele, de pressão da equipe de Janot para obter relatos contra alvos específicos.

Procurado pela reportagem, Villela não quis se manifestar. O seu advogado, Gustavo Badaró, afirmou acreditar que seu cliente pretenda falar o que entende como a verdade sobre do caso.

O procurador, que está afastado, é acusado de ter recebido propina para dar informações sigilosas de investigações ao grupo JBS.

Em entrevista à Folha de S.Paulo na última segunda (18), ele afirmou que Janot "tinha pressa" para denunciar Michel Temer e barrar a indicação de Raquel Dodge para a PGR. Na quinta (21) a CPI da JBS aprovou a convocação de Villela e do ex-procurador Marcello Miller, que deixou o Ministério Público para trabalhar no escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, contratado pela empresa.

Villela será o primeiro a ser ouvido e seu depoimento está previsto para a próxima terça-feira, dia 26.

Como vários parlamentares foram denunciados por Janot, a expectativa é que a CPI dê espaço a depoimentos críticos ao ex-procurador-geral da República.

Janot passou a sofrer desgaste com as revelações de que Marcello Miller atuava em favor da J&F (holding detentora da JBS, entre outras empresas) antes de deixar o Ministério Público. A Polícia Federal concluiu que a equipe de Janot tinha conhecimento da atuação "indireta" de Miller nas negociações de colaboração de Joesley e outros executivos da J&F e aponta indícios de que ele tenha cometido o crime de corrupção passiva.

Vilella disse, em conversas, que, se Miller for convocado a relatar o "modus operandi" de Janot, será devastador para o ex-procurador-geral. Ele menciona supostos mecanismos de vazamento de informações sobre negociações de delação como forma de pressionar colaboradores a direcionar depoimentos.

Villela teria disposição ainda, segundo um interlocutor, de relatar a existência de uma linha direta entre o gabinete de Janot e o do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

Segundo a reportagem apurou, é uma referência a Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Janot, casado com uma assessora de Fachin. Villela e Pelella eram próximos. Dias antes de ser preso, a família de Villela almoçou na casa de Pelella, que agora pode ser investigado. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Cazaquistão Há 16 Horas

Avião com 72 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; há sobreviventes

fama Justiça Há 11 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

esporte Prisão Há 16 Horas

Por que Robinho não teve direito à 'saidinha' e vai passar Natal preso

fama Festas Há 16 Horas

Cachorro de Anitta some na noite de Natal: 'ainda vai me matar do coração'

fama Saúde Há 9 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Televisão Há 15 Horas

SBT desiste de contratar Pablo Marçal e terá Cariúcha em novo Casos de Família

fama Música Há 16 Horas

Hit natalino de Mariah Carey entra na 17ª semana em primeiro na Billboard

economia Consumos Há 16 Horas

Saiba como evitar o aumento da conta de luz durante o verão

politica STF Há 16 Horas

Moraes diz que Daniel Silveira mentiu ao usar hospital como álibi e mantém prisão

justica Investigação Há 15 Horas

Duas pessoas morrem e três estão internadas após comerem bolo em Torres (RS)