Policial que matou atleta tentou emboscada com outros rivais

Jarbas Neto teria se passado por namorada para tentar armar emboscada não só para Matheus Garcia, como para outros contatos da companheira

© Reprodução

Justiça Diz polícia 25/09/17 POR Notícias Ao Minuto

A polícia revelou novidades sobre a investigação do crime que vitimou o jogador da seleção brasileira de hóquei Matheus Garcia, de 24 anos, assassinado em São Paulo na última semana pelo policial Jarbas Colferai Neto, de 23 anos.

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Diálogos recuperados nas redes sociais mostraram que o suspeito teria se passado pela namorada, Lizandra Cury, para tentar armar emboscada não apenas para o atleta, como para outros supostos contatos da companheira. Juan Carlos Perez, amigo do policial preso sob suspeita de co-autoria no crime, revelou que também foi enganado pelo colega para levá-lo ao local do encontro.

+ Policial se passa por namorada para marcar encontro e matar atleta

Segundo informações divulgadas em reportagem do Fantástico desse domingo (24), Jarbas teria dito a Juan que havia marcado um encontro com uma mulher casada. O amigo o levou de carro até ao local e aguardou que retornasse.

"Voltou suando, branco, e falou para mim assim: 'o marido da moça está aí, deu merda!'", disse o motorista, que a pedido de Jarbas teria jogado fora o moletom usado pelo policial na hora do crime.

Em depoimento à polícia, Jarbas Neto confessou ter agido por ciúme. O agente contou que invadiu o perfil da namorada em uma rede social para atrair e matar o suposto rival, que era amigo desde desde os tempos da adolescência de Lizandra Cury, com quem o policial tem um filho de três anos.

"Vem para cá, por favor... quero muito isso", dizia a mensagem escrita por Matheus a Lizandra, momentos antes do atleta ser morto. "Também quero. Faz tempo que eu não sei o que é outra pessoa", teria respondido a "suposta" Lizandra, que na verdade era o policial se passando pela mulher.

Lizandra e Matheus teriam estudado juntos na escola onde ela hoje atua como auxiliar de professora. A mulher contou à polícia que em 2010 os dois teriam se beijado uma vez. Porém, apesar do interesse inicial do colega, nada mais teria acontecido e há cerca de três anos eles não se encontravam. Ela desativou o perfil nas redes sociais e negou ter escrito as mensagens.

"Era ele que travava conversas, conversas até por vezes íntimas. E, em cima disso, ele queria saber se alguém teve realmente um relacionamento ou não com ela e partir para a vingança", disse o delegado Carlos Schneider, responsável pelo caso.

Os advogados de Jarbas emitiram comunicado ao Fantástico alegando que o policial teria agido sob "emoção extrema" e que não premeditou o assassinato. O comando da PM da Baixada Santista também se manifestou sobre o assunto, informando que Jarbas Neto será expulso da corporação. Há três anos ele estava afastado sob investigação por porte de drogas.

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