Muito se fala nas comidas que causam alergias alimentares, mas poucos sabem a respeito das substâncias e dos alimentos que agem na direção oposta. Se o leite de vaca, o glúten e os frutos do mar estão frequentemente na “lista negra” dos consultórios de alergistas, o óleo de coco e os probióticos, por exemplo, deveriam estar sempre na dieta dos alérgicos. Conhecidos como imunonutrientes, eles têm uma alta capacidade de fortalecer a imunidade, que está intimamente relacionada a casos de alergias. Assim como o zinco, o selênio e a glutamina, vitaminas A, C, D3 e E são muito eficazes na prevenção de quadros alérgicos, que são desencadeados pelo desequilíbrio dos sistemas intestinal e imunológico. Doença celíaca, dermatite atópica e asma estão entre as doenças alérgicas que podem surgir por conta dessa desregulação.
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Potente antioxidante e anti-inflamatório, o óleo de coco, que vem recebendo críticas por parte de algumas sociedades médicas, é rico em ácido láurico. Essa substância, de acordo com o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, é muito eficaz no combate a fungos e bactérias. Não à toa, ela está presente em grande quantidade no leite materno. “A monolaurina, gerada a partir do ácido láurico, age diretamente no combate a fungos e bactérias, evitando o surgimento de infecções de repetição”, comenta o alergista, destacando que o óleo de coco também fornece energia e força, sem aumentar os índices glicêmicos do paciente. Para a Dra. Patricia Schlinkert, que também é coordenadora do Brasil Sem Alergia, quando consumido com moderação, o alimento propicia inúmeros benefícios à saúde.
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Publicado no International Journal of Dermatology, um estudo científico apontou para a capacidade do óleo de coco no tratamento de alergias dermatológicas, como no exemplo das acnes. Quando aplicado na pele, ele pode aliviar quadros alérgicos, já que possui diversas partículas antibacterianas.
Recomendados pela Organização Mundial de Alergia para gestantes e bebês alérgicos, os probióticos - bactérias do bem que estão presentes em iogurtes, queijos, coalhadas e leites fermentados - são micro-organismos capazes de proteger o intestino, onde estão presentes 70% das células de defesa.
Segundo a nutricionista funcional Teresa Pavan, eles são grandes aliados da imunidade. Para ela, o ideal é associar probióticos a alimentos prebióticos, como no caso da chicória, que contém inulina, e do tomate, que possui licopeno e vitamina C. “Quando consumidos em uma mesma dieta, probióticos e prebióticos atuam em conjunto e aceleram ainda mais a produção de células de defesa”, conclui.
Pesquisas indicam que o consumo de probióticos – incluindo lactobacilos vivos e kefir - reduz sensivelmente os sintomas e o surgimento de alergias respiratórias, como no caso da rinite alérgica. “Com as células de defesa ativadas, o paciente terá um maior equilíbrio na balança TH1-TH2, diminuindo os quadros de alergia”, destaca Dr. Bossois.