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O presidente da França, Emmanuel Macron, propôs nesta terça-feira (26) que a União Europeia tenha um exército e uma Procuradoria contra o terrorismo durante um discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris.
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Segundo o mandatário, é preciso que os Estados-membros tenha uma "força de intervenção militar comum" com um "orçamento compartilhado para a defesa do bloco. Para isso, os agentes europeus devem ser inseridos nos Exércitos de cada um dos países-membros e disse que a França "será a primeira" a tomar a atitude.
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Além disso, ele sugeriu que seja criada uma academia europeia de Inteligência para destruir todas as formas de ataques, sejam físicos ou na internet. Macron também sugeriu que a União Europeia tenha uma "Procuradoria europeia antiterrorismo" para que possa "agir juntos, desde a prevenção até a repressão".
Em outra parte de seu discurso, o líder do Palácio do Eliseu afirmou que ele não vai "ceder a ninguém que promete ódio, divisão ou rejeição nacional" e que seu objetivo é "fundar uma nova Europa soberana, unida e democrática".
Apesar de não ter citado nomes, a fala foi uma clara menção aos resultados eleitorais também na Alemanha, onde a extrema-direita representada pelo partido Alternativa para a Alemanha (AFD) conquistou um considerável êxito nas urnas.
Para ele, é preciso reconstruir a "soberania europeia" porque os partidos nacionalistas "exploram com cinismo o medo do mundo".
"Por muito tempo pensamos que o passado não iria se repetir e interpretávamos a Europa como uma evidência da qual perdemos o fio", disse em referência ao retorno de um partido nacionalista ao Bundestag pela primeira desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Apesar de seu discurso motivador, Macron foi recebido sob fortes vaias e protestos ao chegar na renomada Universidade. Os estudantes e demais franceses criticavam a reforma trabalhista sancionada por ele na última semana, que flexibiliza o mercado de trabalho do país. Com informações da Ansa.