© Reprodução / Arquivo Pessoal
No início da semana, o ativista e advogado Marco Antônio André encontrou cartazes racistas colados em frente a sua casa em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). As mensages continham símbolos do movimento norte-americano Ku BKlux Klan, faziam ameaças racistas e chamavam Marco Antônio de "macumbeiro", por ele ser praticante de religião de matriz africana.
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De acordo com o G1, o ativista decidiu registrar um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (27) e o caso deve ser investigado pela 2ª Delegacia de Polícia do município.
"Por mais que eu não queira crer que os cartazes são para mim, não há outra leitura. Procurei outros cartazes e não tinha", contou Marco Antônio.
A publicação destaca que praticar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade é crime com pena prevista de um a três anos podendo se estender a cinco anos.
“De forma agressiva como foi agora, nunca senti de fato, mas o racismo diário a gente sente. Esses cartazes estão colados nas costas e na testa de todos os negros do Brasil e da cidade, vamos falar da nossa realidade, quando profetizo minha fé como membro de uma casa de umbanda e candomblé. Só que a agressão em si é velada, ela choca quando a caixa de pandora é aberta”, revela o ativista.
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