'Intervenção militar não é solução', diz substituto de Mourão

No dia 15 de setembro, o general Mourão afirmou em uma palestra, em Brasília, que uma intervenção militar no Brasil seria possível

© Reprodução

Brasil Militar 28/09/17 POR Notícias Ao Minuto

O comandante militar do Sul, general Edson Leal Pujol, afirmou na terça-feira (26) que a ideia de uma intervenção militar no Brasil, recentemente defendida por setores das Forças Armadas, não é a resposta para atual crise política que o país atravessa.

PUB

"A intervenção militar contrariando a Constituição não é a solução para o Brasil", afirmou Pujol, em evento promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (APCA), cujo tema central era o panorama atual e as perspectivas do Comando Militar do Sul e do Exército brasileiro.

De acordo com Pujol, a recente fala do general Antônio Hamilton Mourão, atual secretário de economia e finanças do Exército e a quem ele substituiu no Comando Militar do Sul em 2015, foi apenas uma resposta a uma pergunta, feita em uma palestra privada em Brasília, e não deve ser considerada como opinião majoritária na caserna.

"O que interessa é a posição da instituição Exército. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, está muito bem alinhado com as posições da força. O Exército brasileiro é o fiel da balança para a estabilidade da nação", destacou o general.

+ Movimento 'Sul é o Meu País' realiza consulta pública em outubro

"Apesar de todas as turbulências as instituições estão funcionando de acordo com as regras existentes. Não estamos vivendo um estado de exceção […]. Vamos sempre defender os interesses da nação, mas não devemos nos manifestar politicamente", emendou.

O comandante militar sugeriu que a solução para a crise política "virá com a ação de todos os brasileiros, que são aqueles que podem trocar seus representantes no Executivo e Legislativo e mesmo no Judiciário", e que "temos que aprender a escolher nossos representantes".

"A maioria da população é formada de pessoas de bem e precisamos retomar nosso caminho para um Brasil melhor", comentou Pujol, pregando ainda que a população vá às ruas.

"Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o País, não é isso. São vocês, somos nós que temos de decidir qual o país que queremos", concluiu.

No dia 15 de setembro, o general Mourão afirmou em uma palestra, em Brasília, que uma intervenção militar no Brasil seria possível, caso a crise política que o país atravessa não seja solucionada pelas próprias instituições.

"Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", declarou Mourão, que depois minimizou o episódio, dizendo que falava por si e não pelo Exército.

O episódio foi superado "internamente" e não rendeu punição a Mourão, conforme informou o general Villas Bôas dias depois do ocorrido. Com informações do Sputnik Brasil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 15 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 14 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 8 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Condenados Há 23 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

fama Realeza britânica Há 7 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 16 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 15 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 10 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

brasil Tragédia Há 15 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos