'Muita gente está pedindo intervenção militar', diz coronel do Exército

O porta-voz do Clube Militar, Coronel Ivan Cosme, avalia que os pedidos por uma intervenção são fruto da desesperança com a política

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Brasil associação 01/10/17 POR Notícias Ao Minuto

Com a crise política, a economia em um dos piores momentos de sua história e escândalos semanais de corrupção, muitos brasileiros estão se perguntando: chegou a hora de uma intervenção militar?

PUB

A última ditadura militar registrada no Brasil ocorreu entre 1964 e 1985. No período, foram cassados mandatos de políticos, jornais foram censurados e opositores foram presos, torturados e assassinados.

Ainda assim, o fantasma da intervenção militar volta para assombrar a sociedade brasileira vez ou outra. 

 A mais recente aparição do assunto ocorreu quando o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes perguntou em seu Twitterse os brasileiros querem uma intervenção militar. Após mais de 37 mil votos, o "não" venceu com 51%.

O porta-voz do Clube Militar, Coronel Ivan Cosme, avalia que os pedidos por uma intervenção são fruto da desesperança com a política.

+ Ministro pergunta no Twitter se brasileiros querem intervenção militar

"A questão da intervenção militar, que muita gente está pedindo, talvez seja até em função de uma desesperança que está se abatendo sobre o povo em função do que a gente vê nos nossos meios políticos."

Ivan Cosme ressalta que, em sua opinião particular, a intervenção não é o melhor caminho. "Não é que a intervenção não vai resolver. Até porque muitas pessoas estão se esquecendo que no mundo atual, globalizado, a intervenção leva ao isolamento da comunidade internacional".

O Clube Militar é uma associação civil que reúne membros do Exército, Marinha e Aeronáutica. Com sede no Rio de Janeiro, a entidade costuma realizar eventos no aniversário da ditadura.

O general do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, que defendeu uma intervenção militar para combater a crise enfrentada pelo Brasil, afirmou ao jornal Estado de S. Paulo que pretende presidir o Clube Militar.

1964

Apesar da crise política enfrentada pelo Brasil, o cenário atual é diferente de quando ocorreu o golpe militar, em 1964, avalia a professora de ciência política da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) Sônia Fleury.

 "Ainda não temos esse cenário pela frente. Não há uma deterioração tão grande do país, da economia, e das próprias relações entre as forças sociais para justificar um golpe."

Ela ressalta que o momento da geopolítica mundial alterou-se bastante e que não há uma tensão social entre esquerda e direita como na década de 1960. Também não há mais a guerra fria e seu "incentivo para combater tudo que parecesse comunismo, sendo ou não".

"A elite está confortavelmente instalada no Governo, Congresso, Legislativo e Judiciário", afirmou a professora da FGV. Com informações do Sputnik Brasil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul 22/12/24

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

economia Dinheiro Há 5 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

brasil ACIDENTE-MG 22/12/24

Sobe para 41 o número de mortos em acidente entre ônibus e carreta em MG

fama CHRIS-BROWN 22/12/24

Chris Brown transforma o Allianz em balada pop R&B

fama Kate Middleton 22/12/24

Kate Middleton grava mensagem especial de Natal

fama Patrick Swayze Há 19 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

fama Tragédias Há 22 Horas

Modelos que morreram em circunstâncias trágicas: Um caso recente

mundo Estados Unidos Há 5 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Mal de parkinson Há 20 Horas

Famosos que sofrem da doença de Parkinson

mundo Guerra na Ucrânia 22/12/24

"Vão lamentar". Putin promete mais destruição na Ucrânia