© Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
A deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR) constava na lista dos parlamentares que tinham pauta com o presidente da República, Michel Temer, nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto, dentro da tentativa do peemedebista de barrar nova denúncia contra ele, por obstrução da Justiça e organização criminosa.
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No entanto, em entrevista nesta tarde, a deputada tucana, que foi confundida com um homem, segundo consta na agenda do presidente - "Deputado Shéridan (PSDB/RR)" - disse que não foi convidada e que não quer participar de nenhum encontro com Temer.
“Não fui convidada, não quero participar. Não há nenhum interesse agora em nenhum tipo de agenda com o presidente. Não importa se fui chamada de deputado ou deputada. O que importa é que eu não estarei lá”, destacou Shéridan ao portal G1.
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Segundo estava previsto nos compromissos de Temer, ela e outros nove parlamentares, de diferentes partidos, entre os quais os líderes do DEM e do PP, se encontrariam com o chefe da nação, às 20h40. Até o início da tarde de hoje, a previsão era de que o presidente da República recebesse 53 parlamentares.
Se os deputados decidirem pelo prosseguimento da investigação, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) instaurar o processo judicial. Do contrário, o caso é arquivado e só pode ser julgado após o fim do mandato do presidente.
Para a denúncia ter prosseguimento, são necessários pelo menos 342 votos a favor, o equivalente a três quintos dos 513 deputados.
Além de Temer, são acusados pelos mesmos crimes os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), além de outras seis pessoas sem foro privilegiado: o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e o executivo Ricardo Saud, e os ex-deputados do PMDB Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures.