© Adriano Machado / Reuters
Depois de deixar o cargo de procurador-geral da República, no dia 17 de setembro último, e de tirar férias de 30 dias, Rodrigo Janot passará a atuar como subprocurador-geral, condição que já detinha por critério de progressão na carreira.
PUB
De acordo com o blog do Matheus Leitão, no portal G1, a decisão de não se aposentar veio após pessoas próximas o aconselharem a ocupar o cargo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para não perder o foro privilegiado, já que deve ser alvo de processos por causa da sua atuação à frente do Ministério Público Federal (MPF).
A ideia é que, no mais tardar, Janot permaneça no cargo até abril ou julho do próximo ano, e depois goze de uma licença a que tem direito, por pouco mais de um ano.
+ Pacheco diz que votação de denúncia na CCJ deve ocorrer em 15 dias
Durante o período de atuação, a expectativa é de que ele vá para a Quinta Turma do STJ, responsável por julgar processos de matéria penal, a exemplo dos recursos da Lava Jato.
Ainda segundo o blog, a designação dele para o cargo ainda não foi realizada oficialmente, mas a informações é de que existem ofícios criminais vagos e ele deverá decidir por seguir para esta turma, se preencher os requisitos para o cargo.
É lá que está lotado, junto com mais quatro ministros, Marcelo Navarro Ribeiro. Ele já foi investigado pelo próprio Janot, quando da delação do ex-senador Delcídio Amaral. Na época, o político sugeriu que o magistrado havia sido nomeado para conceder decisões favoráveis a empreiteiros presos pela Lava Jato.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal não encontraram indícios que comprovassem a versão de Delcídio e o caso foi arquivado.