© Mario Anzuoni/Reuters
O ator americano Ben Affleck disse nesta terça-feira (10), em seu Twitter, que está "triste e com raiva" ao saber que Harvey Weinstein abusou de seu poder para "intimidar, abusar sexualmente e manipular diversas mulheres ao longo de décadas".
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"Isto é completamente inaceitável, e eu me pergunto o que posso fazer para que isso não aconteça com outras mulheres. Precisamos fazer mais para proteger nossas irmãs, amigas, colegas de trabalho e filhas", disse.O irmão do ator, Casey Affleck, foi acusado de má conduta sexual, em 2010, por duas mulheres da equipe do filme "Eu Ainda Estou Aqui". Casey negou e o processo nunca chegou aos tribunais, sendo encerrado com um acordo.
Harvey Weinstein foi demitido no domingo (8) da produtora que dirigia e que leva seu próprio nome após acusações de ter assediado sexualmente mulheres. Ao menos oito mulheres fizeram acusações contra o produtor. As atrizes Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow também o acusaram o de assédio sexual. Outros artistas se manifestaram sobre o caso.
A premiada atriz Meryl Streep falou que as ações de Harvey Weinstein foram vergonhosas, sem desculpas e um abuso de poder. Ela disse ainda que as mulheres que o denunciaram são heroínas.
"Estou cansada da mídia exigindo que apenas as mulheres se pronunciem. E quanto aos homens? Talvez muitos estejam com medo de olhar para o seu próprio comportamento...", disse a atriz Jessica Chastain no Twitter.
A atriz Judi Dench, que trabalhou com o produtor nos últimos 20 anos, disse que as acusações são "horríveis" e ofereceu seu apoio às "mulheres que sofreram, e apoio incondicional a quem falou" sobre o assunto.
"É indefensável. Essa é a única palavra", disse o ator George Clooney em entrevista ao site Daily Beast. O produtor ajudou a alavancar a carreira de Clooney com o filme "Um Drink no Inferno" (1996). "O conheço há 20 anos."
A atriz e diretora Lena Dunham prestou depoimento ao jornal americano "The New York Times", e afirmou que "o silêncio de Hollywood só reforça a cultura que impede a mulher de denunciar". No Twitter, disse que a empresa de Weinstein sempre soube dos assédios.
"Se pronunciar sobre abuso sexual e coerção é assustador e as mulheres não têm nada a ganhar pessoalmente fazendo isso", comentou a atriz Julianne Moore. Com informações da Folhapress.