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No próximo dia 17 de outubro (Dia Mundial de Combate à Dor), diversos serviços de saúde chamam atenção para um problema recorrente e que atinge pessoas de todas as idades em diversas fases da vida: a dor. Sentir dor é uma experiência desagradável e que pode acometer qualquer indivíduo, podendo ser sintoma de uma doença ou mesmo, em casos crônicos, se tornar a própria doença, impactando na qualidade de vida e comprometendo funções de trabalho e de vida pessoal.
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De tão relevante, a dor interfere até mesmo na economia de um país, tanto pelo absenteísmo e baixa produtividade no trabalho quanto pelos gastos para seu tratamento. Estudos internacionais já estimaram mais de 80 bilhões de dólares gastos direta e indiretamente por ano nos EUA com a dor. Tendo como princípio básico para a melhor qualidade de vida a informação sobre o tema, o neurocirurgião especialista em dor pela UNIFESP, Dr. Claudio Corrêa, reuniu 10 tópicos que podem ajudar médicos e demais profissionais, e os próprios pacientes a na condução de tratamentos.
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1 – A dor, por si só, é um sinal vital que nos avisa de que algo no organismo não está bem, nos dando condição de procurar por ajuda profissional. Esta condição é importante para o rápido atendimento de um infarto do coração, derrame, cólica renal, apendicite, pancreatite, entre outros.
2- Há dois tipos de dor: crônica e aguda. A dor aguda pode ter duração de até três meses, sendo sintoma de alguma doença que pode ser tratada. A dor crônica é aquela que tem duração de mais de três meses e pode não ser curta, geralmente se tornando uma enfermidade.
3- A dor física, quando crônica, pode desenvolver componentes emocionais que a agrava, como ansiedade e depressão, que também precisam ser tratados.
4- A dor é difícil de ser quantificada, especialmente se considerarmos pessoas de percepções e expressões diferentes. Mas, é possível medir a sua intensidade por meio de alguns elementos simbólicos de escala, como faixas que sinalizam números de 0 a 10, cores que vão da mais clara para a mais escura, de rostos que vão da felicidade a grande tristeza, e assim por diante. Palidez, sudorese, alteração da pressão arterial também podem se manifestar durante crises mais fortes.
5- O tratamento da dor é mais efetivo quando é multidisciplinar, ou seja, envolvendo profissionais de diversas especialidades, como médicos, fisioterapeutas e psicólogos, que integram diferentes terapias complementares para o melhor atendimento das necessidades de cada paciente.
6- Existem pessoas que não sentem dor e, embora pareça algo bom, na verdade não é. Trata-se de uma doença chamada de “analgesia congênita” e que pode acarretar em consequências graves, já que o individuo não tem a capacidade de percepção da dor diante de machucados graves, como quebraduras ou queimaduras, que sem tratamento, podem evoluir com quadros inflamatórios e infecciosos fatais.
7- A dor pode sofrer interferências de mudança de clima, especialmente em quedas de temperaturas quentes para muito frias. As crises também podem ser desencadeadas com traumas emocionais.
8- A automedicação, além de mascarar e dificultar o diagnóstico de doenças, ainda pode gerar o efeito rebote da dor, em que a pessoa precisa de doses cada vez mais intensas para sair da crise.
9 – Atividades físicas bem orientadas e a manutenção das atividades intelectuais ajudam o indivíduo a enfrentar melhor os quadros dolorosos e manter uma vida com mais qualidade.
10 – O tratamento da dor inerente a qualquer doença é um direito do paciente. Sentir dor pode ser comum, mas não é normal, por isso é importante pedir ajuda.