© Adriano Machado / Reuters
A ex-mulher do senador Fernando Collor, Rosane Malta, entrou na Justiça para receber a pensão alimentícia a que tem direito e que, desde 2005, não é paga pelo ex-presidente do Brasil.
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A ação já foi julgada em última instância, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), e não cabe mais recurso. Para abater a dívida, que chega a quase R$ 1 milhão, Collor pode ser obrigado a destinar metade de seu salário de R$ 33.763,00, ou seja, R$ 16.881,50, à ex-mulher.
De acordo com informações do Extra, na última quarta-feira (4), foi julgado no Tribunal de Justiça de Alagoas o recurso de Fernando Collor contra a decisão que penhorou valores (R$ 15.831,78) da conta dele para a quitação da dívida.
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Na ocasião, os desembargadores entenderam que a penhora era devida. O problema é que Collor é investigado na operação Lava Jato e, por isso, seus bens estão bloqueados. Diante do impasse, ficou determinado que os valores encontrados na conta corrente do ex-presidente fossem depositados em juízo.
"Dentre outros argumentos, o réu alegou que não poderia ter o dinheiro penhorado de sua conta corrente, pois seria decorrente de seu salário e por isso impenhorável, até porque dependeria desse provento para se sustentar. A Justiça negou o recurso”, destacaram os advogados de Rosane, Weider Varela e Leonardo Fornari.
Segundo os advogados, o dinheiro raspado da conta do senador Fernando Collor foi depositado em juízo. “Já entramos com um pedido para que seja transferido à conta de Rosane”, diz Weider: “Em até 60 dias já deve estar na conta dela”.