© Imagem ilustrativa (Foto: Ako Rasheed/Reuters)
Um tribunal iraquiano determinou nesta quarta-feira (11) a prisão do presidente e de dos dois membros da comissão responsável pela organização do plebiscito de independência da região autônoma curda do norte do Iraque. A Suprema Corte, a mais alta autoridade judicial do Iraque, decidiu, em 18 de setembro, suspender a consulta no Curdistão, julgando-a contrária à Constituição.
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Hendry Saleh, presidente da comissão, Yari Hadji Omar e Wahida Yofo Hermez tiveram suas prisões determinadas pelo Tribunal de Rassafa por violarem essa decisão.
Os três, que viajaram várias vezes para Bagdá para encontrar membros do governo central nos dias anteriores ao plebiscito, ficam impedidos de circularem nas províncias iraquianas que não fazem parte da região autônoma do Curdistão.
Duas semanas após a vitória do "sim" -pela independência- com 92,73% dos votos, a crise entre Bagdá e a liderança curda no Iraque continua.
Para o Iraque, uma secessão curda implicaria perda de território e de boa parte da produção de petróleo do país. Os curdos são o maior povo sem pátria do mundo -30 milhões espalhados por Turquia, Iraque, Síria e Irã, países que se opõem ao separatismo curdo por temerem perda de parte de seus territórios.
Os curdos reivindicam várias áreas que foram conquistadas pelos soldados peshmerga durante o combate ao Estado Islâmico (EI). Entre elas está Kirkuk, cidade produtora de petróleo com população árabe, cristã e turcomena, contrária ao domínio curdo.
No dia seguinte ao referendo, Bagdá ordenou a suspensão de voos que tivessem como origem ou destino os aeroportos na região curda -primeira medida concreta de represália adotada contra o Curdistão.
Na segunda-feira (9), o governo central anunciou novas medidas de retaliação contra a região autônoma curda, multiplicando ameaças, mas sem detalhar suas decisões. Com informações da Folhapress.