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Um médico foi sequestrado na madrugada deste domingo (15) por um grupo com cerca de 50 bandidos. Os criminosos invadiram a UPA do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e obrigaram o médico a entrar numa ambulância roubada. De acordo com o jornal Extra, os ladrões quiseram levar o profissional para acompanhar a transferência de um traficante baleado para outra unidade de saúde. Segundo a polícia, a suspeita é de que o bandido tenha sido levado para um hospital clandestino do tráfico. A 21ª DP (Bonsucesso) vai investigar o caso.
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Ao invadir a UPA, o grupo exigiu que os profissionais atendessem um bandido que tinha sido baleado em um dos braços. O tiro atingiu uma artéria e seu estado de saúde era extremamente grave. O ferido precisava de uma cirurgia e os médicos informaram que seria necessário transferi-lo para outra unidade de saúde. No entanto, os bandidos queriam levá-lo para outro local, possivelmente um hospital clandestino, utilizando a ambulância da UPA, o que não foi aceito pelos profissionais.
Um dos criminosos vestiu o jaleco do motorista da ambulância e fugiram levando o médico. Por volta das 7h, o profissional foi liberado pelos bandidos, na Baixada Fluminense, e a ambulância foi deixada na UPA da Maré por volta das 11h30.
Em depoimento, o motorista da ambulância contou que estava de plantão na UPA do Engenho Novo quando recebeu uma ordem da adiministração para ir até a unidade da Maré, onde havia um baleado para ser transferido. O motorista chegou à UPA e foi surpreendido pelos criminosos, que pediram as chaves da ambulância e o jaleco, e entraram no veículo para transportar o criminoso baleado. O médico ainda será ouvido pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, o baleado pode ser Thiago da Silva Folly, o TH, um dos chefes do tráfico no Complexo da Maré. A polícia acredita ainda que o traficante tenha sido ferido numa troca de tiros com policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) na Avenida Brasil, altura de Bonsucesso, também na Zona Norte do Rio.
A secretaria estadual de Saúde disse, em nota, que “os profissionais que passaram por esse momento traumático” receberão todo o apoio necessário.