© Paulo Whitaker / Reuters
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima de perseguição.
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Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse ainda que o delegado responsável pela ação deveria lhe pedir desculpas.
Na manhã da última terça-feira (10), o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, alegando ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço.
Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou depois que o pedido da Polícia Civil não identificava nome do morador e que policiais foram a dois endereços, quando ela havia autorizado só um.
"Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu. Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a hombridade, de pedir desculpas", discursou Lula.
E perguntou: "Até quando eles vão me perseguir?"
O ex-presidente afirmou que "fazem uma confusão" para evitar sua candidatura à Presidência. Ele lembrou a operação realizada em sua própria casa para dizer que reviraram o colchão onde dorme. Mas não encontraram provas contra ele.
"Quero provas. Sou investigado há três anos. Já encontraram dinheiro do Aécio, do Serra, do Geddel, do Temer. Quero ver que eles encontrem dinheiro. Já invadiram a minha casa, a casa dos meus filhos. Todos eles com a máquina fotográfica no peito. Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam ter a humildade de pedir desculpas ao Lula e ao povo brasileiro."
Ao lado de seu preferido para a disputa pelo governo de São Paulo, o ex-ministro Luiz Marinho, Lula disse ainda que se dedicará à eleição em São Paulo. Ele criticou o prefeito João Doria e os tucanos. Com informações da Folhapress.